DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Arte seqüencial ou gibis, chame como quiser: o fato é que as histórias em quadrinhos estão conquistando seu espaço no mundo das letras. Prova disso é a enxurrada de lançamentos e editoras especializadas presentes nesta 18ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontece até o próximo dia 25 no Centro de Exposições Imigrantes.
Entre as novidades, estão as publicações de álbuns de artistas renomados do cenário internacional, como o clássico da contracultura dos anos 70 "Mr. Natural", de Robert Crumb (Conrad), "Sundiata - O Leão de Mali", do também veterano Will Eisner (Companhia das Letras), além da republicação, pela editora portuguesa Verbo, dos álbuns capa dura do personagem Tintin, que acaba de completar 75 anos. Outro herói antológico das HQs que bate ponto no estande da Opera Graphica é o Príncipe Valente, de Harold Foster, com "Sementes da Revolta", o 18º volume da coleção.
Menos conhecido do público, mas igualmente bem-vindo, é o segundo volume da série "A Pior Banda do Mundo", do quadrinista português José Carlos Fernandes, publicado pela Devir.
O evento é também uma boa oportunidade para conhecer alguns dos autores pessoalmente. Ainda no estande da Devir, os cartunistas da Folha Laerte e Angeli autografam seus álbuns hoje, a partir das 18h. Fernando Gonsales, o criador da tira "Niquel Náusea", estará presente amanhã e no próximo sábado, sempre às 19h.
No feriado do dia 21, o gaúcho Allan Sieber autografa o álbum "Preto no Branco", pela Conrad.
Quem também circula por lá ainda hoje é Mauricio de Sousa, que, além de suas revistinhas regulares, lança na Bienal sua inédita parceria com o escritor Paulo Coelho, batizada de "O Gênio e as Rosas" (editora Globo).
Por fim, os amantes dos cartuns do argentino Joaquín Lavado, mais conhecido como Quino, podem assistir a uma palestra sobre o pai de Mafalda, que acontecerá no sábado que vem, às 15h30.


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