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TELEVISÃO
Crítica
"Jogos do Poder" revela prazer da atuação
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Por um lado, "Jogos do Poder" (TC Premium, 22h, não
indicado para menores de 16
anos) é uma história quase arrancada do nada: a de um congressista insignificante (Tom
Hanks), habitualmente dedicado a satisfazer pequenas necessidades de sua comunidade e a
se divertir com garotas de programa de Washington.
O acaso e o senso de oportunidade, porém, o levam a se tornar um personagem-chave do
envolvimento dos EUA no Afeganistão, isto é: da guerra que
se tornaria o chamado "Vietnã
da URSS" e ajudaria, em larga
medida, a pôr fim ao já corroído
império comunista.
Ainda assim, temos o caso de
uma história em que o mais
apaixonante é a maneira como
o cinema chega nela. Há algumas cenas no interior do Congresso com uma grande vivacidade; há toda uma maquinação
do deputado para chegar a seus
fins. Há, sobretudo, o prazer
que os atores têm em trabalhar
com Mike Nichols e saber que
estão fazendo um trabalho que
só lhes fará bem.
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