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Casal teve passado quase mambembe
da Sucursal do Rio
O grupo Contadores de Estórias
surgiu em 1971, quando Rachel e
Marcos Ribas, que moravam em
Brasília (DF), decidiram ir para
Nova York estudar; ele, teatro e
dança, ela, ilustração.
"Lá, resolvemos juntar o que a
Rachel fazia com o que eu fazia.
Éramos namorados e acabamos
juntando também os paninhos."
Na primeira fase do grupo, nos
anos 70, trabalhavam com bonecos em tamanho natural, e os espetáculos eram narrados, por isso
o nome Contadores de Estórias.
Começaram se apresentando em
Nova York, no Central Park, passando o chapéu. Em 72, voltaram
para o Brasil, onde apresentaram,
no teatro Ipanema, no Rio, o espetáculo infantil "OOOpa!". Depois,
passaram dois anos na Holanda.
De volta ao Brasil, já com os dois
filhos, montaram a peça "A Fabulosa Estória de Melão City".
Mas não demorou muito para
que partissem de novo para os Estados Unidos.
A volta definitiva aconteceu em
79, numa viagem por terra, que
demorou um ano e meio. Houve
tempo até para participar da "2ª
Semana Internacional de Teatro
de Títeres", no México, com o espetáculo "Macunaíma e o Sexo da
Mulher".
"Foi uma viagem mais inspiradora do que produtiva. Viemos
colhendo dados, mas foi muito
importante, porque foi a partir daí
que demos uma guinada no nosso
trabalho."
Foi nessa época que o Contadores de Estórias abandonou os bonecos grandes e as palavras, para
adotar a atual concepção dos espetáculos. "Até por necessidade de
espaço (o grupo estava viajando
numa motor home), decidimos
fazer bonecos que coubessem numa mala."
Em 81, Rachel e Ribas montaram
"Mansamente", o primeiro espetáculo com bonecos pequenos,
que deu a eles o reconhecimento
de crítica e público nacional e internacional.
Depois disso, não pararam mais
de viajar para se apresentar em diversos festivais da Europa e Estados Unidos. Mas resolveram fixar
residência em Paraty, onde, em
1985, fundaram o Teatro Espaço,
sede do grupo, no centro histórico
da cidade. Lá ensaiam, fazem
apresentações e têm uma oficina
para fabricar os bonecos.
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