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Manaus teve boa montagem
IRINEU FRANCO PERPETUO
especial para a Folha, em Manaus
Se a montagem de "Madama
Buttefly" que estréia amanhã em
São Paulo repetir o resultado conseguido em Manaus, dia 30 de
abril, na abertura do 3º Festival
Amazonas de Ópera, o público terá
bons motivos para ficar satisfeito.
Um elenco sólido, uma orquestra
surpreendente e sabedoria na direção cênica e musical garantiram o
sucesso da récita amazonense.
Em comum, ambas as produções
têm o tenor: o gaúcho radicado na
Suíça Juremir Vieira cantou um
Pinkerton intenso e arrebatado em
Manaus e tem tudo para repetir a
dose em São Paulo.
A protagonista, por sua vez, ficou a cargo de Eliane Coelho. Com
volume grande e eletrizante na
ação cênica, Coelho abusou da voz
de peito para construir uma "Butterfly" rasgadamente dramática.
Mas o maior brilho musical ficou
para a inteligência do maestro Luiz
Fernando Malheiro, com uma regência sempre favorável aos cantores. Levando elementos de São
Paulo para reforçar a orquestra,
Malheiro extraiu de uma Amazonas Filarmônica uma sonoridade
cálida e pucciniana.
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