da Reportagem Local

Depois das "instaurações" de Tunga na Documenta de Kassel, o grande empenho do artista neste ano é com a mostra que o curador argentino, radicado em NY, Carlos Basualdo organiza sobre 20 anos de sua carreira, de 1977 a 1997.
"Acredito que será a mais importante exposição em NY de um artista latino-americano vivo, com cerca de 45 ou 50 trabalhos", disse Carlos Basualdo à Folha em recente visita ao Brasil. O curador também participa da Documenta, como palestrante do evento "100 Dias - 100 Convidados".
A mostra acontece no segundo semestre, no Bard College, em NY, e segue depois para Miami e Caracas (Venezuela). A mostra deve chegar também ao Brasil, em local e data a serem definidos.
"A mostra tem um núcleo, que são as peças escultóricas de grande tamanho, mas o formato da exposição varia de acordo com o espaço onde ela é feita. Em Miami, por exemplo, vamos privilegiar o aspecto performático, com três ou quatro apresentações, assim como em Caracas", disse Basualdo.
As performances apresentadas na Documenta serão mostradas apenas em Miami. Em NY, serão apresentadas a "Xipófagas Capilares" e "Sero Te Amavi" (remissão a poema de Santo Agostinho).
A mostra terá quatro instalações grandes, entre elas "Palíndromo Incesto", já montada no francês Jeu de Paume, em 1992, e "Os Sinos", montada na Bienal de São Paulo, em 1994. "Tunga também está trabalhando em uma peça nova para a mostra", disse Basualdo.
Será apresentada ainda uma série de filmes e vídeos, como o "Nervo de Prata", de Tunga e Arthur Omar, vídeos que o artista fez para documentar sua obra e outros realizados pela inglesa Shelagh Wakely. "São documentações, mas também trabalhos autorais da Shelagh", disse Basualdo.
A mostra, que está sendo produzida por dois museus -o Bard College, de NY, e o MoCA, de Miami- contará ainda com uma série de esculturas, como "Tacapes", "Pentes" e "Tranças", e uma seleção de grandes desenhos.




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