São Paulo, segunda-feira, 17 de junho de 2002

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A internet é testemunha: Elvis não morreu

LÚCIO RIBEIRO

DA REPORTAGEM LOCAL

Que Elvis ainda vive, isso não é novidade para ninguém de senso pop, especialmente aos que nunca acreditaram nessa história de que o rei do rock morreu há 25 anos.
Prova disso é que não só Elvis foi visto dia desses nas arquibancadas dos estádios da Copa, torcendo para os EUA, como ele também pode voltar aos primeiros lugares das paradas de sucesso a partir de hoje.
A voz de Elvis the Pelvis tem sido bastante ouvida/consumida por quem ouve rádios e compra discos na Inglaterra graças a um single lançado na semana passada pelo DJ Junkie XL.
Sob uma base eletrônica, o DJ holandês remixou a canção ""A Little Less Conversation", não muito expressiva da carreira do mitológico roqueiro, uma vez que só apareceu em algum de seus filmes dos anos 60 ou em um lado B de single, no final da década.
Espécie de bootleg (música híbrida), ""A Little Less Conversation" está a serviço dos modens espertos desde abril, quando passou a embalar os ótimos comerciais que a Nike tem veiculado para celebrar a corrente Copa do Mundo de futebol, série de propagandas recheadas com alguns dos maiores jogadores do planeta.
Se Kylie Minogue não conseguir impedir, quando os números de vendagens dos singles lançados na semana passada forem divulgados, hoje lá estará Elvis com mais uma canção no número um do chart inglês.
A marca, se alcançada, será histórica. Em um balanço divulgado pelo semanário inglês "New Musical Express", Elvis colocaria, com ""A Little Less Conversation -Elvis vs. JXL", mais uma música no topo das paradas; seria a sua 18ª. O Rei bateria, assim, os Beatles, que cravaram 17 "números um".
O mito de Graceland está por toda parte. A eletromaluca Sigue Sigue Sputinik, uma espécie de Prodigy dos anos 80, não há muito lançou ""Blak Elvis", interessantíssimo CD de covers.
Na internet tem todas do álbum, desde a agora tecno ""Hound Dog" até a azucrinada ""Always on My Mind".
Elvis está citado ainda no hit do novo disco do rapper branquelo Eminem, a balançante ""Without Me". Se você não tem o CD, o Audiogalaxy pode lhe servir a música, na qual Eminem se auto-intitula ""a pior coisa desde Elvis para fazer música negra para os brancos e enriquecer com isso".
A imagem de Elvis ao lado, criada por computador em uma universidade escocesa, mostra como estaria o ídolo hoje, quase com 67 anos, se estivesse vivo.
Ué, mas ele não está?

lucio@uol.com.br



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