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ARTE
"Obras" da fé católica ganham guia turístico
LUCIANA ARAUJO
DA REPORTAGEM LOCAL
Interessados em arte sacra tomem nota. Av. Tiradentes, 676,
bairro da Luz, centro de São Paulo. O ingresso custa R$ 4. Afinal,
para quem pode conhecer o local
pessoalmente, o episódio dedicado ao Museu de Arte Sacra de São
Paulo da série "Museus Brasileiros", que a STV exibe amanhã,
deve servir apenas como convite.
Trata-se de um passeio em meio
ao imaginário da fé concretizada
em imagens e altares, talhados
principalmente pela riqueza dos
fazendeiros dos séculos 16 ao 18.
Pela TV, o dourado das peças perde bastante do brilho, apesar de
ganhar o relato de um guia.
O programa conta a história de
todo o complexo da Luz, incluindo o mosteiro, construído por frei
Antonio de Sant'Anna Galvão,
em 1774, onde atualmente vivem
enclausuradas 15 irmãs concepcionistas, além, é claro, da coleção
do museu, logo ali ao lado.
A construção, um monumento
arquitetônico colonial do século
18, foi tombada pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan), em 1943.
O acervo de arte sacra, por sua
vez, fora iniciado por dom Duarte
Leopoldo e Silva, que coletou
imagens de santos e fazendas destruídas após a proclamação da
República (1889), sendo ampliado
a partir da década de 70 com aquisições do governo do Estado.
Hoje, o museu possui cerca de
4.000 peças (séc. 16 ao séc. 20). Entre elas, a maioria feita por artistas
anônimos, também figuram
obras de ícones do barroco brasileiro como Aleijadinho, frei Agostinho da Piedade e Manuel da
Costa Athayde. Destaca-se pelo
valor histórico uma imagem do
séc.16 de Nossa Senhora da Luz,
responsável pelo nome do bairro.
Em meio a tantos santos e santas, não será de estranhar se o público se render a imagens "profanas". Um presépio napolitano de
1949, composto por 1.620 pequenas peças, entre elas imagens de
gente comum, é uma daquelas
"aparições" que prendem os
olhos de quem o aprecia.
Museus Brasileiros
Quando: amanhã, às 17h, na STV
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