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RUÍDO
Universal é a nš 5 em julho
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma reviravolta se insinua na hierarquia das
gravadoras. A Universal, auto-intitulada "a número 1 do Brasil", não só não é mais a número
1 como ficou, no mês de julho,
em quinto lugar entre as sete
maiores gravadoras, tanto em
faturamento quanto em número de cópias vendidas. No primeiro posto do mês, em vez das
multinacionais, está a nacional
Abril Music.
"A primeira posição não foi
perdida. O que conta é o ranking
anual, e nele continuamos em
primeiríssimo lugar", é a posição oficial da Universal, que sofre pela decadência de seus gêneros de frente, axé e pagode.
Seja como for, em julho de
2000 a Universal liderava o mercado, com 20,9% do faturamento, e hoje está com 12,6%, atrás
de Abril (21,7%), BMG (16,2%),
Sony (13,4%) e Som Livre
(12,7%), nessa ordem. A EMI é
lanterninha entre as grandes,
em sétimo com uma queda livre
de 20,4% para 2,4% em um ano.
Com três anos de idade, a
Abril pulou de 5,5% para 21,7%
em 12 meses, segundo a gravadora graças às vendagens dos
sertanejos Bruno & Marrone, de
Frank Aguiar e dos forrozeiros
Rastapé. Como se vê, fora a ausência de axé e pagode não há
nada de novo sob o sol -exceto
a redução no número total de
cópias vendidas, de 6,4 milhões
de unidades em julho de 2000
para 4,3 milhões agora.
OS INDEPENDENTES
Da seara globalizante, o
duo BPM, do baiano Geisan
Varne com o francês André
Bourgeois, lança, pelo selo
próprio Urban Jungle
(www.urbanjungle.com.br)
sob distribuição da gravadora de world music MCD
(www.mcd.com.br), o CD
duplo "Urban Bossa Vol. 2"
(foto da capa à direita). De
tez trip hop com referências
brasileiras variadas, traz numeroso elenco de convidados. O CD 1, batizado "Noite", é feito de remixes por
Marky, DJ Dolores, Bid, Mau
Mau e Bossa Cuca Nova. O 2,
"Madrugada", tem participações de Naná Vasconcelos,
Marcelo D2, Max de Castro,
Paula Lima e outros. A fusão
eletrônica/MPB (BPM é referido pelos integrantes também como MPB às avessas)
já nem soa original, mas o espírito indie prevalece.
O NÃO-LANÇAMENTO
Chegando a hora de Maria
Bethânia lançar disco novo,
seu catálogo antigo pela Universal vai mal, obrigado. Há
poucos títulos disponíveis, e
entre eles não está o fundamental "A Tua Presença..."
(71), com "Janelas Abertas
Nš 2", sua versão bem gospel
para "Jesus Cristo" e "Mano
Caetano", com Jorge Ben e o
Trio Mocotó. Universal: 0/
xx/11/3179-4970.
MENINA VENENO
O inglês radicado no Brasil
Ritchie vinha compondo ao
violão, em português e inglês, e
pensava em publicar o material
via internet, mas acaba de
receber convite da Deck Disc,
vinculada à Abril. "Agora que
apareceu alguém disposto a
bancar, pode ser que vire um
CD, digamos, convencional",
define o autor de "Menina
Veneno" e "Pelo Interfone".
SEGURA O TCHAN
Persistem boatos de que o É o
Tchan, após a derrapada do
disco de funk carioca, estaria
sendo dispensado pela
Universal. A gravadora nega e
diz que o grupo lança novo CD
em 2001, "de inéditas bem ao
estilo do Tchan". "É difícil a
gente sair, porque a relação
com a gravadora é muito
estreita", afirma o empresário
do grupo, Cau Adan.
psanches@folhasp.com.br
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