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São Paulo, domingo, 17 de agosto de 2003

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Brasileiros transmitem coleções ao público

DA REDAÇÃO

No Brasil, grandes colecionadores também souberam dar forma e reconhecimento a suas reuniões de objetos e documentos históricos. O empresário e bibliófilo José Mindlin, 88, coleciona livros há 75 anos e diz que "esse conteúdo patológico de compulsão é agradável e incurável". Sua biblioteca conta hoje com 30 mil volumes, 15 mil dos quais formam uma importantíssima brasiliana, que deve ser doada à USP. "A coleção tem de ser feita com amor. Não é só a preocupação de juntar livros, mas principalmente a da leitura, do conhecimento", diz Mindlin.
Conhecimento era também um dos motivadores do imperador dom Pedro 2º (1825-91), amante das artes e das novidades, que se embrenhou na pesquisa e na coleção de fotografias. Atualmente, 220 peças da coleção estão expostas no Instituto Cultural Banco Santos, em São Paulo, na mostra "De Volta à Luz".
Para a colecionadora mineira Ângela Gutierrez, 52, que desde os 14 anos junta oratórios e imagens de Santa Ana, trata-se de um "vírus que está no sangue". Seu pai colecionava peças que contam a história dos ofícios brasileiros e que devem compor um museu em Belo Horizonte. Os oratórios, dos séculos 17 ao 20, pertencem hoje ao Museu do Oratório, em Ouro Preto, criado por ela mesma. "O prazer de doar faz parte da experiência de colecionar, é uma vocação das grandes coleções."



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