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MÚSICA
Programa traz raro show do Trio a Pampa
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DA REPORTAGEM LOCAL
O "Instrumental Sesc Brasil",
exibido hoje, às 16h30, pela STV
(com reprise amanhã, às 4h30, e
na sexta, à 0h). eleva a outro patamar a idéia de exibir expoentes da
música instrumental brasileira,
com a presença dos gaúchos do
Trio a Pampa.
Formada em 1996, em Zurique
(Suíça), a trinca que reúne o guitarrista e cavaquinista Ademir
Cândido, o baterista Nenê Realcino e o baixista Dudu Penz nunca
havia se apresentado no Brasil. O
programa seria, portanto, uma
raríssima chance de assistir ao
show do trio. Seria, porque há o
desfalque do baixista Dudu Penz
(uma tendinite o deixou na Europa). Seu substituto, Alberto Luccas, é talentoso, mas se ressente da
falta de intimidade com o repertório e com os parceiros.
Além desse, há alguns problemas no formato do "Instrumental
Sesc Brasil", como a pobreza da
produção, por exemplo. Os cenários são simples -um palco mínimo, com platéia- e as tomadas
de câmera não passam de três ou
quatro. Se, por um lado, isso colabora para centrar o foco na música, por outro torna o ritmo do
programa dispersivo em determinados momentos.
Quando a edição tenta quebrar
a monotonia acelerando a alternância entre as tomadas de cada
músico, o resultado fica ainda
pior. A solução seria mais câmeras e mais ângulos.
A idéia de inserir pequenas entrevistas com os músicos e comentários entre os blocos do
show é boa, mas igualmente pobre na realização.
Há o show, entretanto. Ele justifica plenamente o programa,
mesmo com suas deficiências. Da
abertura, com "Tema pro Mileto"
(de Nenê), até os marcantes momentos em que Ademir Cândido
assume o cavaquinho (nas excelentes "Marco na Marcação" e
"Alguém Diz Maya"), a exibição
do trio é impecável. Destaque
também para a versão de "Giant
Steps", da lenda Coltrane, com
um solo arrasador de Nenê.
Instrumental Sesc Brasil - Trio a Pampa
Quando: hoje, às 16h30, na STV
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