São Paulo, sexta-feira, 17 de agosto de 2007 |
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THIAGO NEY Quanto vale a música? Enquanto Prince dá disco de graça com jornal, um inglês desconhecido vende seu compacto a R$ 400
NUNCA TINHA ouvido falar em
Thurston Revival até esta semana. Quando veio a notícia
de que a nova música mais cara do
mundo é do Thurston Revival. Também nesta semana, foi divulgada uma pesquisa realizada por uma comissão européia para mapear dados sobre download entre os jovens de 29 países do continente. À pergunta "Por que você faz o download ilegal de músicas?", a resposta mais ouvida foi: "Porque todo o mundo está fazendo isso, inclusive os meus pais". Não é de hoje que encontramos música em todo o lugar. Basta lembrar que "Play", disco de 1999 de Moby, teve todas as suas faixas vendidas para anúncios publicitários. A principal mudança de paradigma desses novos tempos da música pop veio com Prince. O cantor irritou executivos da indústria e de cadeias de lojas ao fazer acordo com o jornal dominical britânico "The Mail on Sunday". No Reino Unido, praticamente todas as publicações ligadas à música, como "NME", "Mojo", "Uncut", "Mixmag", "DJ Mag" e "Q", costumam soltar edições acompanhadas por um CD. Mas o brinde sempre foi um disco alternativo aos lançamentos oficiais dos artistas: novas versões de sucessos antigos, compilação de bandas etc. Prince foi o primeiro caso em que um artista de ponta abriu mão do lançamento tradicional oficial. Recapitulando a história: em 15 de julho, o "Mail on Sunday", que normalmente vende 2,2 milhões de exemplares a cada domingo, saiu encartado com o novo disco de Prince, "Planet Earth". Naquele dia, o jornal vendeu 2,9 milhões de exemplares. No Brasil, a Warner acaba de fazer acordo com uma marca de pastilhas: você troca duas caixinhas da tal pastilha por um download gratuito de gente como Simple Plan, Panic! At the Disco, O Rappa, Michael Bublé etc. Vale? thiago@folhasp.com.br Texto Anterior: Mônica Bergamo Próximo Texto: Artigo: Antonioni desvendou mistérios da alma e libertou o cinema Índice |
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