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Major revela dados de sua receita no Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
A participação do filme brasileiro nas receitas da Columbia -uma das sete majors (estúdios gigantes) da MPA (Motion Picture Association)- foi
abordada pelo diretor da filial
brasileira da empresa, Rodrigo
Saturnino, em audiência pública no Senado sobre o projeto
do Ministério da Cultura de
criação da Ancinav (Agência
Nacional do Cinema e do Audiovisual), na última terça.
"O filme brasileiro é hoje responsável por quase 50% da
composição das nossas receitas", disse. Em 2003, quando a
Columbia lançou "Carandiru"
(4,6 milhões de espectadores e
R$ 29,5 milhões de renda), a
participação nacional em suas
receitas foi de 47%. Na média
anual, é de 30%, desde 2000.
Sobre as receitas dos filmes
brasileiros que utilizam recursos de renúncia fiscal (pela Lei
do Audiovisual, que autoriza
dedução do Imposto de Renda
para investimento em produção nacional), Saturnino afirmou que a Columbia tem participação líquida de 18%; os produtores ficam com 41% de royalties, e os outros 41% são custos de lançamento.
O distribuidor disse que os
investimentos da Columbia na
co-produção de filmes brasileiros têm 33% de dinheiro proveniente da renúncia fiscal e
67% de recursos próprios.
Saturnino usou esses dados
para rebater dois argumentos
freqüentes na discussão sobre a
Ancinav: o de que as majors somente investem na produção
nacional dinheiro de renúncia
fiscal e o de que não remuneram os produtores brasileiros.
O distribuidor é contra as taxações previstas no anteprojeto
da agência sobre o lançamento
de filmes estrangeiros (R$ 600
mil em estréias acima de 200
cópias) e a venda de bilhetes de
cinema (10%).
(SA)
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