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POPLOAD
São 2, mas parecem 32
LÚCIO RIBEIRO
COLUNISTA DA FOLHA
Este colunista bateu um papo
segunda passada com Jack
White, um dos principais guitarristas do planeta. O dono do White Stripes falou desde Melbourne,
na Austrália, do meio da turnê da
Oceania. Jack e Meg, irmãos-que-já-foram-casados, desembarcam
no final do mês para estrelar o
Tim Festival, em show mais do
que obrigatório, no próximo dia
31, no MAM.
Jack White pareceu bem mais
animado e inteiro com a vida de
pop star do que Fabrizio Moretti,
baterista dos Strokes, que parecia
um homem de 60 anos quando
conversou com a coluna há umas
duas semanas.
É que enquanto o último vive a
expectativa danada do lançamento do segundo disco, o primeiro ri
à toa com a performance em vendas do seu quarto CD, "Elephant", que já ultrapassou a marca de 1 milhão de cópias vendidas
nos Estados Unidos, 400 mil na
Inglaterra, 250 mil no Japão e 15
mil na Nova Zelândia.
Quando White deu esse último
número, o da Nova Zelândia, ele
sapecou uma gargalhada gostosíssima. Não entendi nada.
Jack White é muito cool, como
eles dizem lá (lá nos EUA, não na
Nova Zelândia). É o mais cool
músico do mundo, segundo a revista "Spin". E de um cara assim
você pode esperar vídeos cool
também, tipo o novo, da música
"The Hardest Button to Button",
recém-estreado na MTV americana. Corre ver no www.mtv.com.
O White Stripes realiza o milagre da multiplicação dos instrumentos. É a tradução do que
acontece com a banda em shows.
São dois caras no palco, mas parecem 32.
Na foto ao lado você vê Meg
White, vamos combinar, a irmã-mulher de Jack. Está na prestigiosa revista "Vanity Fair" de novembro. Na continuação da foto,
em outra página, Jack White está
com uma faca na mão, com uma
roupa produzidíssima tal qual a
baterista Meg.
É engraçado ver como bandas
dos Estados Unidos e da Europa
se prestam a servir de personagens para fotos bem sacadas em
revistas e jornais vários, casando
ou não com a pauta da publicação.
Sabem que têm de falar direto
para o leitor, chegar nele, da maneira mais descolada possível. E
que a foto faz parte de um trabalho de divulgação.
Aqui no Brasil é uma dificuldade fazer foto com banda de rock
que não seja com cara de mau e
guitarra na mão.
E, quando alguém faz diferente,
como o grupo Forgotten Boys que
posou em editorial de moda para
a revista "Capricho", muita gente
olha torto.
lucio@uol.com.br
PEACHES
O segundo disco da mulher,
"Fatherfucker", recém-lançado lá fora, é a prova de que
qualquer um pode gravar um
CD. Gritaria, letras "picantes",
bases normais, batidas normais, guitarra pesada normal.
Resultado final: excelente. E o
turbulento show, que o Tim
Festival promove em 1º/11, escapa para Belo Horizonte (dia
5) e Porto Alegre (dia 6).
STROKES
Mandamento da "The Face":
"Deixe seu cabelo crescer. É
tempo de Strokes novamente". O caso é sério. A brasileira
"TPM" faz o apelo: "Não pedimos muito. Apenas que vocês
(meninos) invistam um pouquinho em seus cabelos e
criem penteados parecidos
com os dos Strokes". Ressalva:
têm de ser parecidos MENOS
com o do baixista N. Fraiture.
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