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São Paulo, sexta-feira, 17 de outubro de 2003

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POPLOAD

São 2, mas parecem 32

LÚCIO RIBEIRO
COLUNISTA DA FOLHA

Este colunista bateu um papo segunda passada com Jack White, um dos principais guitarristas do planeta. O dono do White Stripes falou desde Melbourne, na Austrália, do meio da turnê da Oceania. Jack e Meg, irmãos-que-já-foram-casados, desembarcam no final do mês para estrelar o Tim Festival, em show mais do que obrigatório, no próximo dia 31, no MAM.
Jack White pareceu bem mais animado e inteiro com a vida de pop star do que Fabrizio Moretti, baterista dos Strokes, que parecia um homem de 60 anos quando conversou com a coluna há umas duas semanas.
É que enquanto o último vive a expectativa danada do lançamento do segundo disco, o primeiro ri à toa com a performance em vendas do seu quarto CD, "Elephant", que já ultrapassou a marca de 1 milhão de cópias vendidas nos Estados Unidos, 400 mil na Inglaterra, 250 mil no Japão e 15 mil na Nova Zelândia.
Quando White deu esse último número, o da Nova Zelândia, ele sapecou uma gargalhada gostosíssima. Não entendi nada.
Jack White é muito cool, como eles dizem lá (lá nos EUA, não na Nova Zelândia). É o mais cool músico do mundo, segundo a revista "Spin". E de um cara assim você pode esperar vídeos cool também, tipo o novo, da música "The Hardest Button to Button", recém-estreado na MTV americana. Corre ver no www.mtv.com.
O White Stripes realiza o milagre da multiplicação dos instrumentos. É a tradução do que acontece com a banda em shows. São dois caras no palco, mas parecem 32.
Na foto ao lado você vê Meg White, vamos combinar, a irmã-mulher de Jack. Está na prestigiosa revista "Vanity Fair" de novembro. Na continuação da foto, em outra página, Jack White está com uma faca na mão, com uma roupa produzidíssima tal qual a baterista Meg.
É engraçado ver como bandas dos Estados Unidos e da Europa se prestam a servir de personagens para fotos bem sacadas em revistas e jornais vários, casando ou não com a pauta da publicação.
Sabem que têm de falar direto para o leitor, chegar nele, da maneira mais descolada possível. E que a foto faz parte de um trabalho de divulgação.
Aqui no Brasil é uma dificuldade fazer foto com banda de rock que não seja com cara de mau e guitarra na mão.
E, quando alguém faz diferente, como o grupo Forgotten Boys que posou em editorial de moda para a revista "Capricho", muita gente olha torto.

lucio@uol.com.br

PEACHES
O segundo disco da mulher, "Fatherfucker", recém-lançado lá fora, é a prova de que qualquer um pode gravar um CD. Gritaria, letras "picantes", bases normais, batidas normais, guitarra pesada normal. Resultado final: excelente. E o turbulento show, que o Tim Festival promove em 1º/11, escapa para Belo Horizonte (dia 5) e Porto Alegre (dia 6).

STROKES
Mandamento da "The Face": "Deixe seu cabelo crescer. É tempo de Strokes novamente". O caso é sério. A brasileira "TPM" faz o apelo: "Não pedimos muito. Apenas que vocês (meninos) invistam um pouquinho em seus cabelos e criem penteados parecidos com os dos Strokes". Ressalva: têm de ser parecidos MENOS com o do baixista N. Fraiture.

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