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São Paulo, sexta-feira, 17 de outubro de 2003

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LIVRO

Pesquisa traça ligação entre a discotecagem e a periferia no Brasil

Livro diz que "todo DJ já sambou"

DA REPORTAGEM LOCAL

O livro "Todo DJ Já Sambou" pegou de surpresa sua autora, a jornalista e DJ paulistana Claudia Assef, 29. Ela iniciou o projeto determinada a traçar um panorama da figura central da moderna música eletrônica. E descobriu que a história ia muito mais longe do que imaginava.
Teve de voltar aos anos 50, quando as "orquestras invisíveis" surgiram da necessidade de se fazerem bailes baratos, sem músicos ao vivo -"orquestra invisível" era um sujeito tocando discos atrás da cortina. Assef chegou, então, a Osvaldo Pereira, 68, que identifica como o primeiro DJ brasileiro.
Puxando o fio a partir dele, foi aos bailões de samba-rock dos 60, à febre de discothèque dos 70, às danceterias roqueiras dos 80, ao hip hop. Descobriu que a eletrônica não chegaria a ocupar metade de seu livro.
E constatou que, exceto pelas apropriações de classe média nas fases da disco music e do boom de tecno e house dos 90, a discotecagem sempre foi mais ligada à música black e à periferia. "A formação do DJ no Brasil é a cara do Brasil", define, remetendo ao "samba" no título .
(PEDRO ALEXANDRE SANCHES)

TODO DJ JÁ SAMBOU. Autora: Claudia Assef. Editora: Conrad. Quanto: R$ 25. Lançamento: amanhã, às 14h, com debates, e domingo, às 14h com festa, na Fnac (av. Pedroso de Moraes, 858, SP).

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