São Paulo, sábado, 17 de outubro de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

"O Amor em Fuga" traz Truffaut menos inquieto

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A série de Truffaut dedicada a Antoine Doinel fecha-se com "O Amor em Fuga" (Futura, 23h30; 12 anos), de 1979. Ela começara 20 anos antes, com um Antoine adolescente e rebelde, no autobiográfico "Os Incompreendidos".
Depois disso, Antoine foi desertor, vendedor de sapatos, detetive, homem casado. E, no casamento, um desastre. Aqui, o reencontramos (sempre Jean-Pierre Léaud) aos 35 anos e divorciado, revendo sua vida. Mas sempre um personagem meio leve, um tanto imaturo.
Existe continuidade entre o adolescente que se recusa a entrar na pele do homem responsável que a sociedade pede e o adulto desencontrado mas sempre buscando algo em que se transformou Antoine.
E o cinema de Truffaut? Ele se apaziguou com o tempo, não há dúvida. Tornou-se menos inquieto que Antoine, mais competente. Mas ainda vivo.


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