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Editora francesa cria coleção com obras de autores brasileiros
da Redação
Divulgar a cultura do Brasil em
território francês. Esse é o objetivo
da Eulina Carvalho, editora parisiense que desde o ano passado
publica obras de autores brasileiros traduzidas para o francês.
Dirigida por duas mulheres, a
francesa Véronique Basset e a brasileira Selda Carvalho, a editora
prepara para o final deste ano o
lançamento de "Postcard", coletânea de contos da escritora e articulista da Folha Marilene Felinto.
A obra faz parte da coleção "Cultures du Brésil", inaugurada em
março com o livro "Mulheres do
Tijucopapo", também de Felinto, e
que já apresentou outros dois títulos ao mercado francês: "O Museu
Darbot e Outros Mistérios", de
Victor Giudice, livro de contos
premiado com o Prêmio Jabuti em
1995, e, na área de sociologia, o ensaio "A Família e o Leitor", de Sonia Rodrigues da Mota.
"Na França, tudo o que se conhece do Brasil é futebol, Carnaval e
Jorge Amado. Queremos mostrar
que há muito mais do que isso",
acredita a recifense Selda Carvalho, radicada em Paris há 15 anos.
"Cultures du Brésil", que deve
encerrar o ano com quatro títulos
lançados, será expandida em 99.
Entre janeiro e março, "Pagú, Vida-Obra", de Augusto de Campos,
deve chegar às livrarias francesas,
e, até fim do primeiro semestre, está prevista a publicação de "O Manuscrito de Mediavilla", de Isaias
Pessotti. Ainda no ano que vem,
"Necrológio", de Victor Giudice
deve sair pela coleção. "Nós queremos, no futuro, levar para a França
as obras completas de brasileiros
como Machado de Assis e Cecília
Meireles", afirma Carvalho.
Além de lançar livros de autores
brasileiros, a coleção "Cultures du
Brésil" divulga trabalhos de artistas plásticos nacionais nas capas
de suas edições. "Mulheres do Tijucopapo", por exemplo, traz uma
reprodução da tela "A Negra", de
Tarsila do Amaral.
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