São Paulo, quarta-feira, 17 de novembro de 2010

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CRÍTICA POP

Primeiro single oficial sinaliza pouca ousadia em "Michael"

THALES DE MENEZES
EDITOR-INTERINO DA SÃOPAULO

Muito barulho por nada. O single oficial do (primeiro?) álbum póstumo de Michael Jackson não é só fraquinho, é manjado. Fãs ardorosos já conheciam a baladinha.
"Hold My Hand" surgiu de uma parceria de Jackson com o bem-sucedido Akon, cantor meio R&B meio hip-hop e muito amigo do Rei do Pop.
Em junho de 2008, a música vazou na internet. Deveria ser incluída em "Freedom", álbum que Akon lançaria meses depois, mas ambos decidiram guardá-la para o projeto futuro de Jackson.
Uma versão gravada apenas por Akon foi incluída num single promocional e ganhou rádios e internet. E é até melhor do que a nova.
Não que "Hold My Hand" seja ruim. Se fosse a nova de Justin Bieber, protegido de Akon, estaria ótimo. Mas é tola, sem a mínima ousadia que se espera de Jackson.
A letra escrita por Claude Kelly é ginasiana. Tudo bem que isso nunca foi o forte de Jacko, mas fica difícil aguentar frases simplórias que repetem sempre a mesma ideia: "somos melhores juntos do que sozinhos".
A frase "hold my hand" é repetida 38 vezes em pouco mais de três minutos. Na cartilha pop, a repetição do verso fácil é a solução preferida dos fracos em harmonia.
"Michael", o álbum, sai em 14 de dezembro. Avaliando "Hold My Hand" e as duas que vazaram antes, a arrastada "Keep Your Head Up" e a balançada "Breaking News", teria mais impacto uma nova remasterização de "Thriller".


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