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CRÍTICA POP
Primeiro single oficial sinaliza pouca ousadia em "Michael"
THALES DE MENEZES
EDITOR-INTERINO DA SÃOPAULO
Muito barulho por nada. O
single oficial do (primeiro?)
álbum póstumo de Michael
Jackson não é só fraquinho, é
manjado. Fãs ardorosos já
conheciam a baladinha.
"Hold My Hand" surgiu de
uma parceria de Jackson com
o bem-sucedido Akon, cantor meio R&B meio hip-hop e
muito amigo do Rei do Pop.
Em junho de 2008, a música vazou na internet. Deveria
ser incluída em "Freedom",
álbum que Akon lançaria
meses depois, mas ambos
decidiram guardá-la para o
projeto futuro de Jackson.
Uma versão gravada apenas por Akon foi incluída
num single promocional e
ganhou rádios e internet. E é
até melhor do que a nova.
Não que "Hold My Hand"
seja ruim. Se fosse a nova de
Justin Bieber, protegido de
Akon, estaria ótimo. Mas é tola, sem a mínima ousadia
que se espera de Jackson.
A letra escrita por Claude
Kelly é ginasiana. Tudo bem
que isso nunca foi o forte de
Jacko, mas fica difícil aguentar frases simplórias que repetem sempre a mesma
ideia: "somos melhores juntos do que sozinhos".
A frase "hold my hand" é
repetida 38 vezes em pouco
mais de três minutos. Na cartilha pop, a repetição do verso fácil é a solução preferida
dos fracos em harmonia.
"Michael", o álbum, sai
em 14 de dezembro. Avaliando "Hold My Hand" e as duas
que vazaram antes, a arrastada "Keep Your Head Up" e a
balançada "Breaking News",
teria mais impacto uma nova
remasterização de "Thriller".
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