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Juiz manda fechar todas as
rádios piratas de São Paulo
DANIEL CASTRO
da Reportagem Local
O juiz José Marcos Lunardelli,
da Justiça Federal em São Paulo,
determinou à Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações) o
fechamento de todas as rádios
clandestinas do Estado de São
Paulo até 6 de fevereiro, sob pena
de multa diária de R$ 5.000.
Se for cumprida, será a maior
operação do gênero no país. Em
1999, a PF (Polícia Federal) fechou
cerca de 250 FMs piratas no Estado, onde existem cerca de 2.000.
O juiz Lunardelli deferiu, no último dia 6, pedido de tutela antecipada (decisão provisória) feito
pela Aesp (Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo).
Em sua decisão, o juiz levou em
consideração argumento da Aesp
de que as rádios piratas "prejudicam serviços essenciais de telecomunicações, tais como sistemas
de controle de vôos e aeroportos
(...), de hospitais e ambulâncias,
corpos de bombeiros etc.".
Dirigentes de rádios clandestinas, no entanto, afirmam que as
piratas interferem em comunicações tanto quanto as rádios "legais" (que têm concessão) e que
não há registros de incidentes
causados por suas transmissões.
O gerente geral de fiscalização
da Anatel, Edilson Ribeiro, disse
que desconhecia a decisão e que
não iria comentá-la. Policiais federais acham a medida "uma utopia", porque a PF não dispõe de
agentes para cumpri-la.
O Fórum Democracia na Comunicação, que reúne 900 FMs
ilegais, deve recorrer da decisão,
que considera inconstitucional.
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