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Em entrevistas, jovens astros da música pop lamentam a falta de privacidade que o sucesso traz
Ídolos da noite teen reclamam da fama
CRISTINA GRILLO
DA SUCURSAL DO RIO
Pobres ídolos do mundo teen.
Todos parecem sofrer terrivelmente com a fama que faz com
que centenas de adolescentes se
esgoelem durante horas ao sol
gritando seus nomes na porta do
hotel Intercontinental (em São
Conrado, zona sul do Rio).
"Adoro fazer o que faço, mas
não gosto da fama. Não tenho
mais direito à vida privada", queixou-se uma quase chorosa Britney Spears, 19, que apareceu a
uma concorridíssima entrevista
coletiva ontem à tarde.
"Queria voltar para a escola e
poder andar na rua sem que as
pessoas ficassem me olhando como se eu não fosse normal", reclamou Aaron Carter, 13, com ar de
menino carente, pouco antes da
entrevista de Britney.
"Estar com Britney é motivo de
alívio para mim, porque posso me
relacionar com alguém que entende minha cabeça maluca", disse Justin, do "NSync, sobre o namoro com a musa teen e as supostas pressões em torno do casal.
Britney e os cinco rapazes do
"NSync chegaram para as entrevistas de ontem cercados por seguranças recrutados entre lutadores de academias cariocas.
Britney foi a última dos ídolos
teens a dar entrevista. Chegou 15
minutos depois da hora prevista.
Vestida com uma decotadíssima
blusa vermelha e um short estampado, disse o de praxe -que estava muito feliz em estar no Brasil,
que o público pode esperar um
show "de muita energia" hoje.
Pediu desculpas aos fãs que se
aglomeravam desde terça-feira na
porta do hotel para vê-la, mas disse que não poderia chegar até a
porta.
"Às vezes há muito frenesi
quando eu apareço. Espero que
eles tenham a oportunidade de
me ver no show", disse.
O sorriso permanente só desapareceu quando um jornalista
perguntou se ela havia se submetido a algum tipo de cirurgia plástica -correm boatos sobre um
possível implante de silicone nos
seios.
"Próxima pergunta", disse a
cantora, virando o rosto.
Malvestida
Também não ficou muito satisfeita quando alguém perguntou o
que ela achava de ter sido incluída
em uma lista das dez mais malvestidas nos Estados Unidos.
"Algumas revistas me incluem
na lista das mais bem vestidas, outras na das mais malvestidas. Não
me importo. Visto o que me faz
sentir bem. Se gostarem, ótimo."
No início da tarde, os rapazes do
"NSync fizeram ar de surpresa ao
serem questionados sobre o viés
social do festival -que tem como
slogan "por um mundo melhor".
"É ótimo dar oportunidade para as crianças. Estamos aqui para
ajudar e esperamos que nossa
contribuição ao festival seja proveitosa", disse Jay C.
Por trás do grupo, o painel com
o logotipo e o slogan do festival
havia sido coberto por uma tela
branca.
"Não estamos escondendo o
Rock in Rio, mas temos um contrato de exclusividade com a Microsoft", disse Justin, o namorado
de Britney. O festival é patrocinado pela America On Line.
O irmão mais novo
O caçula do festival, Aaron Carter, 13, disse ser sempre tratado
como um menininho onde quer
que se apresente. "As pessoas me
tratam como se fossem irmãos
mais velhos. Mexem no meu cabelo, puxam minha orelha", disse.
Ao ser questionado sobre como
se sentia por ser famoso e ter apenas 13 anos, respondeu.
"Não sei. É algo natural, sempre
foi assim. Por que vocês não perguntam ao "NSync como é ser famoso assim tão velhos?", disse
Carter, que é irmão de Nick, um
dos membros do Backstreet Boys.
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