São Paulo, quarta, 18 de fevereiro de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FILMES INÁCIO ARAUJO

JOGAMOS COM OS HIPOPÓTAMOS
Bandeirantes, 13h05. (I'm for the Hippopotamus). Itália, 1988, 95 min. Direção: Italo Zingarelli. Com Bud Spencer, Terence Hill. Safári leva à África dois irmãos briguentos. A presença de um caçador que escraviza os nativos os faz interromper suas próprias disputas para enfrentar o inimigo comum. Comédia em que a dupla do estranhamente célebre "Trinity" invade o território de Tarzã.

A MÁQUINA DO OUTRO MUNDO
SBT, 13h40.
(My Science Project). EUA, 1985, 94 min. Direção: Jonathan Beteul. Com John Stockwell, Danielle Von Zerneck. Jovens colegiais às voltas com engenhocas que produzem viagens no tempo e no espaço. Más referências, a não ser por Dennis Hopper como um professor de ciências hippie.

PROCURA-SE SUSAN DESESPERADAMENTE
Globo, 15h15.
(Desperately Seeking Susan). EUA, 1985, 100 min. Direção: Susan Seidelman. Com Rosanna Arquette, Madonna, Ainda Quinn. Arquette é a mulher que se interessa por anúncio de jornal sobre uma jovem que é procurada por alguém. Primeiro, há o interesse. Depois, ela embarca na fantasia proposta pelo anúncio. Levado com leveza e tato. Madonna está bem, mas quem arrebenta é Arquette.

PUNHOS DE SANGUE
Bandeirantes, 17h30.
(Blood Hands). EUA, 1992, 93 min. Direção: Ted Johnson. Com Sean Donahue, Nead Hourani, Kristin Landson. Jovem lutador de kickboxe tem os pais assassinados por quatro kickboxers célebres no ramo. Embora novato no ramo, o rapaz segue o rastro dos criminosos em busca de acerto de contas, quer dizer, da lengalenga de sempre.

O SHOW DEVE CONTINUAR CNT/Gazeta, 21h30.
(All that Jazz). EUA, 1979, 123 min. Direção: Bob Fosse. Com Roy Scheider, Jessica Lange. Diretor de teatro empenha-se na montagem de seu musical, apesar de ter sofrido um infarto. Musical tétrico, que pôs fim ao projeto de modernização do gênero pelo próprio Fosse (de "Cabaret"). Tentativa original, embora meio duro de engolir.

GERMINAL
Bandeirantes, 21h40.
(Germinal). França, 1993, 151 min. Direção: Claude Berri. Com Gérard Depardieu, Miou-Miou, Jean Carmet. Na era de Napoleão 3º, no século 19, operário com idéias socialistas (Depardieu) organiza uma greve contra os cortes nos salários dos trabalhadores de uma mina de carvão. Adaptação do romance de Zola com ecos tão óbvios no presente e uma direção tão conservadora que o espectador tende a se entediar com facilidade.

INTERCINE
Globo, 23h35.
Para quarta, o espectador escolhe seu preferido entre "Crimes Silenciosos 3" (1995, de Peter Bogdanovich, Michael Lehmann, Keith Gordon, com Eric Stoltz, Jennifer Grey), "Seis Graus de Separação" (1993, de Fred Schepisi, com Stockard Channing, Will Smith, Donald Sutherland) e "Cenas de uma Família" (1990, de James Ivory, com Paul Newman, Joanne Woodward).

O ANJO VINGADOR
Globo, 2h25.
(The Avenging Angel). EUA, 1995, 96 min. Direção: Craig R. Baxley. Com Tom Berenger, Charlton Heston, James Coburn. Heston é um líder mórmon que, a horas tantas, tem a vida ameaçada. Para comandar sua proteção, a congregação (que é de Utah, claro) designa Tom Berenger, que tem opiniões muito próprias (e controversas) sobre as coisas que estão acontecendo. No mínimo, um mergulho interessante num universo pouco conhecido.

SONHOS DE HORROR
SBT, 2h30,
(Nightwish). EUA, 1988, 93 min. Direção: Bruce Cook. Com Clayton Rohner, Alisha Das e Jack Starret. Parapsicólogo e seus alunos fazem experimentos e chegam a sonhar com suas próprias mortes.

GARÇONETES DE BIQUÍNI
Bandeirantes, 2h45.
(Bikini Bistro). EUA, 1995, 80 min. Direção: Ernest G. Sauer. Com Marilyn Chambers, Amy Lynn Baxter. Chambers, famosa estrela pornô, interpreta a si mesmo. Ela orienta grupo de amigas que têm uma lanchonete para que sirvam os clientes usando biquínis. Exemplo da ligação norte-americana entre erotismo e cadeia produtiva. Ainda assim, fast food dispensável.

TV PAGA
No tempo do onça

da Redação

O ciclo de filmes de Frank Capra que o Cinemax vem exibindo tem a virtude de mostrar filmes que não passam no Brasil desde o tempo do onça (hoje, "Mulher Proibida", às 13h15).
E sugere que a TV paga aos poucos vai encostando certas superstições dos executivos de televisão sobre popularidade dos filmes. O espectador disponível encontrará mais motivos de prazer, e quase sempre mais explicações sobre o presente, nos clássicos do que em 90% dos filmes que passam em cinema.
Os canais de TV paga podem ser o cineclube do presente, desde que ordenem o caos de épocas e origens diferentes dos filmes e se disponham a ter um papel formador na vida dos jovens fãs. (IA)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.