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São Paulo, quarta, 18 de fevereiro de 1998
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Texto Anterior | Próximo Texto | Índice SAMBISTAS FALAM Aldir Blanc, compositor - ""Conheci o Walter há 20 anos, em um aniversário da Clara Nunes. Fiquei admirado com a deferência com que ele era tratado por todos os sambistas, por causa de seu talento e caráter. Ele é um grande sambista. Quando começou a cantar era comparado a Cyro Monteiro. E, hoje, ele ainda não tem um disco. Isso é a cara do Brasil." Paulinho da Viola, cantor - ""O Walter é um grande cantor. Ele é o último remanescente de grandes personagens de Botafogo (tradicional bairro da zona sul carioca onde Paulinho cresceu), da época do Carnaval de rua, das batalhas de confete. Ele transitava bem entre os blocos -os Foliões, o Funil e o São Clemente. Walter é muito carismático e muito querido. Ele chega nos lugares e monopoliza as atenções. E, além do mais, é um amigo legal." Martinho da Vila - ""Conheço o Walter há muitos anos. Eu nem sonhava em gravar. Era da escola Aprendizes da Boca do Mato. Ouvia os sambas dele desde aquela época. Ele é um daqueles sambistas raros, com gosto por compor. Eu tenho o Walter como um Cartola, que só foi gravar o primeiro disco bem tarde." Rildo Hora, produtor - ""Sambistas de caixinha de fósforo, como o Walter, são uma espécie em extinção. E ele tem uma elegância que é um misto de dançarino de gafieira e cantor de regionais. O Walter tem grandes sambas, gravados por gente como Paulinho da Viola, Elza Soares e João Nogueira. É maravilhoso poder ouvir o Walter mantendo a pureza da sonoridade da década de 40 e 50." Luiz Carlos da Vila, cantor - ""Tenho muito orgulho de poder conviver com ele. O Walter é um daqueles artistas carioquíssimos que mantém o gingado e a malandragem. E uma das coisas que mais me encanta é vê-lo em cima de um palco. Ele tem uma maneira de interpretar que faz com que qualquer música desconhecida se torne uma canção familiar." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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