São Paulo, sexta-feira, 18 de março de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

CRÍTICA DRAMA

"Não Me Abandone Jamais" evita lado ético da clonagem

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Adaptado de um romance do japonês Kazuo Ishiguro, "Não Me Abandone Jamais" apresenta um triângulo amoroso em um mundo no qual a clonagem de humanos tornou-se possível.
Como no livro, o ponto de vista é o de Kathy (Carey Mulligan), que revisita a infância e a adolescência, passadas em um internato britânico no campo. Lá, ela e outros jovens são educados com rigor. Anos depois, ficam sabendo de um segredo terrível: eles são clones e doarão seus órgãos a pessoas doentes. A descoberta os perturba.
Por meio do amor, Kathy e seus amigos Ruth (Keira Knightley) e Tommy (Andrew Garfield) tentam dar sentido a uma existência com data para terminar.
A narrativa não aborda de frente as questões médicas, éticas e científicas. Prefere enfatizar o destino dos personagens, adotando contornos do melodrama.
A doação de órgãos é um modo de questionar uma sociedade predatória, que mais recebe do que oferece. As pessoas são manipuladas, mantidas em submissão e ignoram a vida dos outros.
Um olhar fatalista, mas não distante da realidade, vide as ditaduras que estão aí.
(ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ)

NÃO ME ABANDONE JAMAIS

DIREÇÃO Mark Romanek
PRODUÇÃO Reino Unido/EUA, 2010
COM Keira Knightley, Carey Mulligan e Andrew Garfield
ONDE nos cines Livraria Cultura, Sabesp e Frei Caneca
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
AVALIAÇÃO bom


Texto Anterior: Crítica/Comédia: "Sexo sem Compromisso" não tem humor nem ousadia
Próximo Texto: Ministério da Cultura confunde leis
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.