São Paulo, quarta, 18 de março de 1998

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ESPETÁCULOS
São Paulo recebe maior sala da AL

Reprodução
Visão da sala de espetáculos do Credicard Hall, espaço que deve ser inaugurado em 1999, em SP


da Reportagem Local

Em menos de 30 minutos, um espaço que comporta 7.500 pessoas para um show de rock pode se transformar em um local para 1.500 espectadores assistirem sentados a um recital de música clássica. Ou vice-versa. Isso graças a sistemas eletrônicos que movimentam poltronas retráteis e plataformas elevatórias.
Versatilidade. Essa é uma das vantagens prometidas pelos produtores do Credicard Hall, que começa a ser construído ainda este ano e, quando estrear, em maio de 1999, deve ser a maior casa de espetáculos da América Latina.
Localizada na marginal Pinheiros, a casa terá 15 mil metros quadrados de área construída e a capacidade máxima da sala será de até 7.500 pessoas em pé ou 5.000 pessoas sentadas.
"É uma sala extremamente versátil. O desafio maior foi combinar todas as alternativas de espaço em uma única casa", afirma o arquiteto Gian Carlo Gasperini, autor do projeto que tem quatro ambientes (platéia, frisa, suítes e balcão) com três acessos independentes e um estacionamento para 1.200 vagas.
O projeto começou a seu concebido há dois anos. Para elaborá-lo, foram visitadas 50 das principais casas de espetáculo ao redor do mundo, que serviram de base para a criação do Credicard Hall.
Responsável pela implantação, renovação e melhoria acústica do Scala de Milão e do teatro de ópera do Kennedy Center, em Washington, o engenheiro francês Daniel E. Commins assinou o projeto acústico da sala.
O sistema de segurança terá equipamentos com sensores térmicos, cortinas corta-fogo e tratamento isolante dos materiais.
A casa terá sala de gravação e mixagem para áudio e vídeo. O palco, controlado por computador, poderá realizar até 60 mudanças de cenário por espetáculo.
Mas essas não serão as única novidades do Credicard Hall. Segundo Fernando Alterio, dono do Palace e um dos idealizadores do projeto, a casa deve ter ingressos mais baratos. Em ocasiões normais, os ingressos custarão entre R$ 20 e R$ 120 (para as suítes com banheiros privados e acesso a circuito interno de TV). A sala terá 32 dessas suítes. A idéia é que metade delas seja vendida para empresas.
Orçada em US$ 31 milhões, a casa tem como sócios, além de Alterio, o banco Icatu e Nizan Guanaes. Para ter seu nome associado ao projeto, o Credicard irá desembolsar US$ 12 milhões nos próximos dez anos.
Segundo Cássio Casseb, presidente do Credicard, o marketing indireto alcançado com as atrações da casa de espetáculos "cobre com o pé nas costas e com larga margem" o dinheiro investido.
Ele acena com vantagens para os clientes do Credicard que assistirem espetáculos na casa. Mas quem não tiver um cartão não precisa se preocupar. "Na hora de pagar, qualquer cartão será aceito", ri Casseb.



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