DA REPORTAGEM LOCAL

"Botero, o Monumental" é um documentário quadrado. Primeiro trabalho do gênero feito sobre o artista colombiano, com estréia mundial amanhã, no canal de TV paga A&E Mundo, tem como base a narrativa da cronologia do biografado.
A infância pobre em uma cidadela próxima a Medellín, o sonho infantil de ser toureiro, a idéia adolescente de pintar, as pesquisas pictóricas, o sucesso, o sucesso. Esse é o roteiro básico.
Primeiro documentário da série "Nossa Gente", que trará videobiografias de "célebres latino-americanos como Alberto Fujimori e Carlos Gardel", "Botero" tem como ponto alto a ênfase na formação do artista.
Botero começa a carreira em Bogotá, mas deixa logo a capital colombiana para morar em Madri. Três anos depois, troca a Espanha pela Itália. E lá vai ele a Nova York. E a Paris, percurso todo feito com cinto apertado, vendendo telas por US$ 20.
O documentário, de uma hora, mostra como algumas décadas mais tarde, em 1990, uma dessas obras chega a valer US$ 1,53 milhão, mais do que o "Abaporu", de Tarsila. O trabalho mostra ainda, discretamente, os momentos dramáticos de Botero: a morte de um filho e a prisão de outro. (CEM)