|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FILMES
TV ABERTA
"Além das Nuvens" marca retorno de Antonioni
O Inferno de Dante
Globo, 13h05.
(Dante's Peak). EUA, 1997, 112 min.
Direção: Roger Donaldson. Com Pierce
Brosnan, Linda Hamilton. Geólogo tenta
alertar a população de Dante's Peak de
que o vulcão local está para entrar em
erupção. Não é ouvido. Catástrofe certa.
Steel - O Homem de Aço
SBT, 13h35.
(Steel). EUA, 1997. Direção: Kenneth
Johnson. Com Shaquille O'Neal,
Annabeth Gish. Tenente do Exército
descobre que bandidos dispõem de
tecnologia militar. Decide então,
construir uma armadura e ir à luta.
Tico-Tico no Fubá
Cultura, 15h30.
Brasil, 1950. Direção: Adolfo Celi. Com
Anselmo Duarte, Tônia Carrero.
Produção da Vera Cruz, biográfica, que
retrata a vida do compositor Zequinha
de Abreu.
Blackjack
Record, 20h.
(Blackjack). Canadá, 1998, 94 min.
Direção: John Woo. Com Dolph
Lundgreen, Kate Vernon. O guarda-costas Dolph assume a missão de
proteger a filha de um dono de cassino
contra gângsteres russos. Filme de Woo
para televisão, com Lundgreen. Enfim,
um desafio. A conferir.
Elizabeth
Bandeirantes, 21h.
(Elizabeth). Inglaterra, 1998, 121 min.
Direção: Shekhar Kapur. Com Cate
Blanchett, Geoffrey Rush. Elizabeth
enfrenta a rainha Mary, a católica, vence-a, estabelece-se no trono e aprende a
tornar-se uma rainha que marcaria
época. Meio quadrado, à moda britânica,
com produção ok.
Alta Velocidade
SBT, 22h.
(Driven). EUA, 2001, 117 min. Direção:
Renny Harlin. Com Sylvester Stallone,
Burt Reynolds, Kip Pardue. Ex-campeão
de corridas, aposentado após acidente,
Stallone é chamado a voltar às pistas na
condição de mentor de um jovem e
ainda meio estabanado talento. Inédito.
Além das Nuvens
Bandeirantes,0h.
(Par-delà les Nuages). França, Itália,
Alemanha, 1995, 109 mim. Direção:
Michelangelo Antonioni e Wim Wenders.
Com Marcello Mastroianni, Fanny
Ardant, Irène Jacob, John Malkovich,
Sophie Marceau, Ines Sastre, Peter
Weller, Jeanne Moreau. Basicamente,
três episódios que marcaram o retorno
de Antonioni ao cinema, assessorado por
Wenders, após um derrame que o deixou
com o corpo semiparalisado. Que dizer?
Antonioni meio paralítico é melhor do
que 99% dos cineastas em atividade. A
primeira história, dos amantes (ou não
amantes) de Ferrara, Itália, é memorável.
E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?
Globo, 0h40.
(O Brother, Where Art Thou?). EUA, 2000,
106 min. Direção: Joel Coen. Com George
Clooney, John Turturro, Holly Hunter. É
basicamente a partir de "Sullivan's
Travels", de Preston Sturges, que Coen
constrói sua "Odisséia" sulista, tendo por
centro presidiários em fuga. Não que não
haja nada original, há. Mas parece um
tanto supérfluo. De todo modo,
diferenciado. Vale ver. Inédito.
Ele Joga Muito
SBT, 1h.
(He Got Game). EUA, 1998, 134 min.
Direção: Spike Lee. Com Denzel
Washington, Ray Allen, Milla Jovovich.
Jovem jogador de basquete é assediado
por inúmeras universidades, que
pretendem vê-lo jogando por lá. Já o pai,
condenado pelo assassinato da própria
mulher, tentará convencê-lo a jogar pela
universidade de seu Estado: é a condição
que o governador impôs para diminuir
sua pena. Importante, pois esse Spike
Lee não circulou pelos cinemas.
Outland - Comando Titânio
SBT, 3h.
(Outland). EUA, 1981, 109 min. Direção:
Peter Hyams. Com Sean Connery, Peter
Boyle. Connery é o policial do futuro às
voltas com mineiros deprimidos por
conta de uma droga que devem tomar e
com assassinos dispostos a dar cabo
dele. Bem menos do que Connery pode
dar. Só para São Paulo.
(IA)
TV PAGA
"O Miado do Gato" expõe bastidores de Hollywood
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Se há um representante da cinefilia entre os diretores de cinema, este é, sem dúvida, Peter
Bogdanovich.
Ele sabe bem que o cinema saiu
da sua era dourada, mas é como
se isso fosse um aborrecimento.
Então, Peter é feliz cada vez que
pode evocar os anos 1910, 1920 ou,
vá lá, 1930.
Há um pouco disso tudo em "O
Miado do Gato". E há também
outra paixão de Peter envolvida,
que é "Cidadão Kane". Pois aqui
tudo se passa durante um cruzeiro a bordo de um iate de William
Randolph Hearst, que inspirou a
criação de Charles Foster Kane.
Obviamente, lá está também
Marion Davies, a amante de
Hearst, vista aqui não como uma
cantora sem talento, mas como
uma comediante talentosa, porém tiranizada por Hearst (a versão mais aceita da história).
Mais do que eles, porém, e de
personagens a quem Bogdanovich parece dedicar ódio particular -como a jovem Louella Parsons, iniciando-se na carreira de
futriqueira-, há os grandes nomes do cinema da era muda, a começar por Charles Chaplin.
Mas não é nenhum deles que está no centro do filme, e sim Thomas Ince, um pioneiro só conhecido pelos ratos de cinemateca.
Para medir sua importância, vamos dizer duas coisas apenas: Ince foi um dos criadores de Hollywood e foi, sobretudo, o criador
da planilha de produção.
O fato é que, quando se dá o cruzeiro, ele está fora de moda e à
mostra o que fica é apenas um caráter duvidoso.
Chaplin também não era lá flor
que se cheirasse, diga-se (quase
ninguém era, nessa nau de insensatos). E acaba tendo um papel
central na morte de Ince.
Morte que foi misteriosa e para
a qual o filme (escrito por Steven
Peros) acaba fornecendo uma
imaginosa versão. Enfim: para os
fãs de Hollywood, trata-se de
mergulhar em sua história e se deleitar com suas grandezas e misérias.
O MIADO DO GATO. Quando: hoje, às
15h55, no Telecine Premium.
Texto Anterior: Astrologia Próximo Texto: Mônica Bergamo Índice
|