São Paulo, domingo, 18 de abril de 2004

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FILMES

TV ABERTA

"Além das Nuvens" marca retorno de Antonioni

O Inferno de Dante
Globo, 13h05.
 
(Dante's Peak). EUA, 1997, 112 min. Direção: Roger Donaldson. Com Pierce Brosnan, Linda Hamilton. Geólogo tenta alertar a população de Dante's Peak de que o vulcão local está para entrar em erupção. Não é ouvido. Catástrofe certa.

Steel - O Homem de Aço
SBT, 13h35.
  
(Steel). EUA, 1997. Direção: Kenneth Johnson. Com Shaquille O'Neal, Annabeth Gish. Tenente do Exército descobre que bandidos dispõem de tecnologia militar. Decide então, construir uma armadura e ir à luta.

Tico-Tico no Fubá
Cultura, 15h30.
   
Brasil, 1950. Direção: Adolfo Celi. Com Anselmo Duarte, Tônia Carrero. Produção da Vera Cruz, biográfica, que retrata a vida do compositor Zequinha de Abreu.

Blackjack
Record, 20h.
   
(Blackjack). Canadá, 1998, 94 min. Direção: John Woo. Com Dolph Lundgreen, Kate Vernon. O guarda-costas Dolph assume a missão de proteger a filha de um dono de cassino contra gângsteres russos. Filme de Woo para televisão, com Lundgreen. Enfim, um desafio. A conferir.

Elizabeth
Bandeirantes, 21h.
  
(Elizabeth). Inglaterra, 1998, 121 min. Direção: Shekhar Kapur. Com Cate Blanchett, Geoffrey Rush. Elizabeth enfrenta a rainha Mary, a católica, vence-a, estabelece-se no trono e aprende a tornar-se uma rainha que marcaria época. Meio quadrado, à moda britânica, com produção ok.

Alta Velocidade
SBT, 22h.
 
(Driven). EUA, 2001, 117 min. Direção: Renny Harlin. Com Sylvester Stallone, Burt Reynolds, Kip Pardue. Ex-campeão de corridas, aposentado após acidente, Stallone é chamado a voltar às pistas na condição de mentor de um jovem e ainda meio estabanado talento. Inédito.

Além das Nuvens
Bandeirantes,0h.
    
(Par-delà les Nuages). França, Itália, Alemanha, 1995, 109 mim. Direção: Michelangelo Antonioni e Wim Wenders. Com Marcello Mastroianni, Fanny Ardant, Irène Jacob, John Malkovich, Sophie Marceau, Ines Sastre, Peter Weller, Jeanne Moreau. Basicamente, três episódios que marcaram o retorno de Antonioni ao cinema, assessorado por Wenders, após um derrame que o deixou com o corpo semiparalisado. Que dizer? Antonioni meio paralítico é melhor do que 99% dos cineastas em atividade. A primeira história, dos amantes (ou não amantes) de Ferrara, Itália, é memorável.

E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?
Globo, 0h40.
   
(O Brother, Where Art Thou?). EUA, 2000, 106 min. Direção: Joel Coen. Com George Clooney, John Turturro, Holly Hunter. É basicamente a partir de "Sullivan's Travels", de Preston Sturges, que Coen constrói sua "Odisséia" sulista, tendo por centro presidiários em fuga. Não que não haja nada original, há. Mas parece um tanto supérfluo. De todo modo, diferenciado. Vale ver. Inédito.

Ele Joga Muito
SBT, 1h.
   
(He Got Game). EUA, 1998, 134 min. Direção: Spike Lee. Com Denzel Washington, Ray Allen, Milla Jovovich. Jovem jogador de basquete é assediado por inúmeras universidades, que pretendem vê-lo jogando por lá. Já o pai, condenado pelo assassinato da própria mulher, tentará convencê-lo a jogar pela universidade de seu Estado: é a condição que o governador impôs para diminuir sua pena. Importante, pois esse Spike Lee não circulou pelos cinemas.

Outland - Comando Titânio
SBT, 3h.
 
(Outland). EUA, 1981, 109 min. Direção: Peter Hyams. Com Sean Connery, Peter Boyle. Connery é o policial do futuro às voltas com mineiros deprimidos por conta de uma droga que devem tomar e com assassinos dispostos a dar cabo dele. Bem menos do que Connery pode dar. Só para São Paulo. (IA)

TV PAGA

"O Miado do Gato" expõe bastidores de Hollywood

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Se há um representante da cinefilia entre os diretores de cinema, este é, sem dúvida, Peter Bogdanovich.
Ele sabe bem que o cinema saiu da sua era dourada, mas é como se isso fosse um aborrecimento. Então, Peter é feliz cada vez que pode evocar os anos 1910, 1920 ou, vá lá, 1930.
Há um pouco disso tudo em "O Miado do Gato". E há também outra paixão de Peter envolvida, que é "Cidadão Kane". Pois aqui tudo se passa durante um cruzeiro a bordo de um iate de William Randolph Hearst, que inspirou a criação de Charles Foster Kane.
Obviamente, lá está também Marion Davies, a amante de Hearst, vista aqui não como uma cantora sem talento, mas como uma comediante talentosa, porém tiranizada por Hearst (a versão mais aceita da história).
Mais do que eles, porém, e de personagens a quem Bogdanovich parece dedicar ódio particular -como a jovem Louella Parsons, iniciando-se na carreira de futriqueira-, há os grandes nomes do cinema da era muda, a começar por Charles Chaplin.
Mas não é nenhum deles que está no centro do filme, e sim Thomas Ince, um pioneiro só conhecido pelos ratos de cinemateca. Para medir sua importância, vamos dizer duas coisas apenas: Ince foi um dos criadores de Hollywood e foi, sobretudo, o criador da planilha de produção.
O fato é que, quando se dá o cruzeiro, ele está fora de moda e à mostra o que fica é apenas um caráter duvidoso.
Chaplin também não era lá flor que se cheirasse, diga-se (quase ninguém era, nessa nau de insensatos). E acaba tendo um papel central na morte de Ince.
Morte que foi misteriosa e para a qual o filme (escrito por Steven Peros) acaba fornecendo uma imaginosa versão. Enfim: para os fãs de Hollywood, trata-se de mergulhar em sua história e se deleitar com suas grandezas e misérias.


O MIADO DO GATO. Quando: hoje, às 15h55, no Telecine Premium.


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