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Sapo Cururu traz filmes e shows
DA ENVIADA ESPECIAL AO RECIFE
A noite de anteontem em Recife
não foi apenas dos festivais Abril
pro Rock e Cine-PE. No centro
antigo da cidade, o letreiro do cine
AIP anunciava: Sapo Cururu
-Mostra de Cinema de Recife.
Foi a primeira edição do evento
que pretende unir cinema, artes
plásticas e música. Outra sessão
está marcada para hoje.
O Sapo Cururu ocupa dois andares de um prédio comercial da
década de 70. No 13o, fica o cinema, que pertence a AIP (Associação de Imprensa de Pernambuco), e, abaixo, num salão com vista panorâmica, há shows (os de
anteontem eram de Wander
Wildner e da banda Paulo Francis
Vai para o Céu).
"Tudo surgiu da proposta de
unir show e cinema. A cidade estava mesmo carente de outro festival, de perfil independente", diz
Felipe Falcão, um dos idealizadores e diretor do programa "Sopa
Diária", da TV universitária local,
que apresenta bandas e entrevistas.
As atrações cinematográficas da
noite foram o documentário "Bethânia Bem de Perto" (1966), de
Julio Bressane e Eduardo Escorel,
que acompanha a cantora ainda
muito jovem por shows, em casa e
na rua, além de quatro curtas:
"Copo de Leite", de William Cubits Capela, um dos organizadores do evento; "Santa Helena", de
Petrônio Loureiro; "A Figueira do
Inferno", do coletivo Telephone
Colorido; e "Uma Estrela para
Ioiô", do carioca Bruno Safadi.
"Precisamos promover situações para que as pessoas possam
assistir aos nossos curtas", diz Capela, que também é articulador
do Telephone Colorido.
Para a exibição, os organizadores instalaram um projetor "portátil", de 600 kg, no meio da platéia de 160 lugares, já que a sala
atualmente passa apenas "blockbusters" em DVD.
Os filmes que serão exibidos hoje foram escolhidos pelo Cachaça
Cineclube, evento que acontece
há dois anos no cine Odeon, no
Rio. Já a atração musical é pernambucana, a banda Três ETs Records, que mistura marionetes e
música.
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