São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2008 |
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CDs Instrumental AcariOcamerata ACARIOCAMERATA Gravadora: Rob Digital/Selo Rádio MEC; Quanto: R$ 29, em média; Avaliação: ótimo Dirigida pelo violonista Caio Cezar, a AcariOcamerata é uma espécie de orquestra de câmara com instrumentos populares, na qual as cordas dedilhadas de bandolim, cavaquinho, violão e viola caipira substituem os arcos dos tradicionais violinos e violoncelos. Com a participação de nomes como Antônio Carrasqueira (na flauta) e Mario Sève (no saxofone), o grupo formado por dez jovens de Acari, na zona norte do Rio de Janeiro, relê Radamés Gnattali, Heitor Villa-Lobos, Egberto Gismonti, Guerra Peixe, Jacob do Bandolim, Carlos Gomes e até J.S. Bach. POR QUE OUVIR: O choro soa como música popular de câmara do mais alto nível, graças à união de garra, talento, afinação e senso de estilo dos intérpretes. (IFP) R&B Growing Pains MARY J. BLIGE Gravadora: Universal; Quanto: R$ 22,90 em média; Avaliação: bom Não foi à toa que Mary J. Blige ganhou todos os prêmios Grammy para cantoras de rhythm'n'blues em 2007 (melhores interpretação, canção e álbum). Ao contrário de suas contemporâneas (e conterrâneas), ela tem classe e charme, lembrando divas das antigas como Diana Ross, e não faz letras sobre "guarda-chuvas" -além da voz poderosa. Neste CD, passeia com igual desenvoltura por canto e rimas, em estilos como soul ("Hurt Again"), rap ("Grown Woman", com o MC Ludacris) e a melhor tradição do r&b ("Hurt Again"). POR QUE OUVIR: Disco bem produzido, vocal delicioso, habilidade com as palavras e personalidade. Pode não ser uma obra-prima, mas está bem acima da média. (ADRIANA FERREIRA SILVA) Instrumental Singular CHICO AMARAL Gravadora: independente; Quanto: R$ 25, em média; Avaliação: bom Mais conhecido como letrista de sucessos do Skank, o eclético saxofonista e compositor Chico Amaral já tocou até com Jorge Ben Jor e Altamiro Carrilho. Seu primeiro CD solo irradia admiração pelo jazz, em composições como a saborosa faixa-título, a sensual "Borboleta" e a funkeada "Balancim", que grudam no ouvido à primeira audição. Há ainda inventivas incursões pelo samba ("Sambage à Trois") e pelo choro ("Tateando"). Ao lado de Chico aparecem instrumentistas mineiros do primeiro time, como Cleber Alves (sax), Beto Lopes (guitarra), Ricardo Fiúza (teclados) e André Limão (bateria). POR QUE OUVIR: As 13 faixas soam como a programação de uma FM capaz de agradar a fãs sem preconceitos do jazz. (CARLOS CALADO) Pop Made in the Dark HOT CHIP Gravadora: EMI; Quanto: R$ 30, em média; Avaliação: regular O Hot Chip é dos grupos mais originais surgidos na dance music. Suas músicas são um construídas por instrumentos análogos e digitais, com um forte acento melódico e pop. Neste terceiro álbum, a banda mostra força nas quatro primeiras faixas: "Out at the Pictures", "Shake a Fist", "Ready for the Floor" e "Bendable Poseable", que brincam com ruídos e ritmos; depois (tirando a ótima "Hold On"), há muita balada e introspecção. Cansa a paciência. POR QUE OUVIR: A primeira parte do disco é espetacular, principalmente "Shake a Fist"; junto com "Hold On", mostram como é possível fazer dance music popular sem cair em batidas banais ou vocais apelativos. (THIAGO NEY) Texto Anterior: Marcelo Bratke presta homenagem ao compositor Próximo Texto: Peça "O Rei da Vela" é o 10º volume da "Coleção Folha" Índice |
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