São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2008

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LITERATURA

Morre o poeta Aimé Césaire, "o apóstolo da negritude"

DA REPORTAGEM LOCAL

O poeta Aimé Césaire, nascido na Martinica, morreu ontem, aos 94, em um hospital de Fort-de-France, onde estava internado desde o dia 9, com problemas cardíacos.
Ele era considerado "o apóstolo da negritude", pela defesa das raízes africanas. Seu principal livro foi "Cahier d'un Retour au Pays Natal" (caderno de um retorno ao país natal), quando usou pela primeira vez o termo "negritude". O escritor também fundou a revista "L'Etudiant Noir" (o estudante negro), nos anos 30.
Além de poeta, com obra próxima ao surrealismo, criou polêmica com seu ensaio "Discurso sobre o Colonialismo" (1950), em que atacava o Ocidente, "erguido no mais alto monte de cadáveres da humanidade".
Por conta de sua luta contra a dominação francesa, se recusou a se encontrar com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que havia subscrito em 2005 uma carta falando do "papel positivo" do colonialismo. Ainda assim, Sarkozy prestou homenagem ao poeta, que chamou de "grande humanista, símbolo de esperança para os oprimidos".


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