São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Crítica

Com Elia Kazan, cinema encontra seres complexos

CRÍTICO DA FOLHA

Não é todo dia que alguém faz um filme como "Uma Rua Chamada Pecado" (Cinemax, 1h30). Isto é, não é todo dia que alguém traz para a tela, pela primeira vez, a dramaturgia de Tennessee Williams.
Estávamos em 1951 e, de repente, o cinema (norte-americano) se enchia de seres complexos, contraditórios, ricos e precários. O cinema deixava de ser um Olimpo e descia aos homens.
Não é surpreendente que tenha sido Elia Kazan a realizar a proeza. Ele que chegara ao cinema com a fama de um dos maiores diretores de teatro dos EUA. Agora, ele assumia plenamente esse lado teatro e deixava de lado uma série de convenções do cinema. Trocava-as pelas mais adultas do teatro, é verdade. Mas a troca era vantajosa: dela, vinha a história de Blanche Dubois e do seu conflito com o grosseiro Kowalski.
Que, por sinal, era o personagem que introduzia Marlon Brando no cinema. De maneira que Kazan trazia o cinema ao mundo dos homens. Mas nem tanto assim. (INÁCIO ARAUJO)


Texto Anterior: Cinema: "O Bom Pastor" leva Damon cego a Jolie
Próximo Texto: Resumo das novelas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.