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Fotos repassam imagens da memória
CELSO FIORAVANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
As fotografias que Vicente de
Mello apresenta a partir de hoje
na galeria Baró Senna escondem
uma profusão de detalhes.
Está tudo ali: as imagens de
seu cotidiano (ele as chama de
diário de viagem), as relações com
estratégias técnicas do cinema, as
referências da história da fotografia, a solidão de ambientes e personagens desolados e uma visão
um tanto quanto romântica do
objetivo fotografado.
Está tudo ali, mas é mais fácil
sentir que ver, pois Mello utiliza
em suas fotografias o filtro Day
for Night ("dia pela noite", tradução literal), usado geralmente para escurecer as imagens e criar essa dúvida entre o dia e a noite.
"Elas são como cenas criadas
para o intervalo de uma narrativa.
O diretor chinês Ang Lee usa muito isso. Ele cria imagens marcantes", disse Mello.
Não longe dali, na Mônica Filgueiras, Bernardo Krasniansky
também recupera imagens de sua
memória -duas fotografias de
bustos renascentistas do século
15- para criar suas obras. A opção por essas imagens é estética,
mas também íntima. "Sempre
gostei do posicionamento humano que o Renascimento deu a seus
retratados. Na Grécia, por exemplo, eram todos deuses", disse.
Mostra: Noite Americana (fotografias de Vicente de Mello)
Onde: galeria Baró Senna (al. Gabriel Monteiro da Silva, 296, tel. 0/xx/11/
3061-9224, Jardins)
Vernissage: hoje, às 20h
Quando: de segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 14h
Quanto: R$ 3.000
Mostra: Museu (impressões sobre papel de Bernardo Krasniansky)
Onde: Mônica Filgueiras Galeria de Arte (al. Ministro Rocha Azevedo, 927, tel. 0/xx/282-5292, Jardins)
Vernissage: hoje, às 20h
Quando: de segunda a sexta, das 11h às 19h; sábado, das 11h às 13h
Quanto: R$ 500
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