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Força Aérea Um
da Redação
Na outra ponta de Hollywood
está "Força Aérea Um", a
quarta maior bilheteria do ano
passado nos Estados Unidos.
Depois de uma missão à agora
aliada Rússia, o presidente dos
Estados Unidos se prepara para
voltar a seu país. Ele acabou de
ajudar o novo amigo a se livrar
de uma ameaça daquelas -um
líder nacionalista e terrorista no
Cazaquistão que quer reconstruir a antiga União Soviética.
Para a viagem de volta, o presidente utilizará o avião Air Force One. Superequipado e seguro, o tal Força Aérea Um é uma
fortaleza intransponível.
Mas, com a ajuda de um dos
homens da segurança, a fortaleza rui. Um grupo de seis jornalistas se revela na verdade um
bando de terroristas muuuuito
maus.
O chefe, surpresa, é o vilão de
plantão Gary Oldman. Eles
prendem todos os 50 passageiros em uma sala de conferências, enquanto o presidente escapole por uma cápsula. Só que
nem tudo está salvo: a primeira-dama e a filha do presidente
ficam no avião.
Os terroristas fazem suas exigências: se o seu líder não for
solto, a cada meia hora um dos
reféns será morto.
Disposta a não negociar -um
dos pilares da administração do
comandante dos EUA é não ceder aos terroristas-, a vice-presidente (Glenn Close)
aguarda a volta do chefe para
ver o que faz.
Mas, surpresa de novo, o presidente não escapou do avião.
Seguro de que o mais importante é sua família, ele vai se arriscar a salvá-la -sozinho.
Uma tarefa para Indiana Jones? Pois é ele mesmo quem vai
enfrentá-la. Ou melhor, Harrison Ford, mais Indiana que
nunca.
Com habilidades de McGyver,
o presidente -na vida comum
insosso, insípido e inodoro- se
revela um herói para sua família. Tira idéias de caixas de leite
para combater os vilões, corta o
combustível do avião e vai matando um a um os terroristas.
Resta enfrentar o chefão, que
está com a primeira-dama e a
primeira-filha.
O terrível terrorista merece
um parágrafo à parte. Não é um
desses assassinos seriais ou
mercenários: ele tem um ideal.
Porque é uma vergonha o que a
Rússia é hoje, rendida à liberdade pregada pelos americanos.
Ele, afirma, não é um matador
frio e calculista, mas sim um pai
movido pela paixão por um país
forte. Porém, logo em seguida,
ele mata com um tiro na cabeça
um dos reféns. Se o filme pretendia conferir certa simpatia ao
vilão, não conseguiu e é ridículo. Se queria reforçar sua maldade, é mais ridículo ainda.
"Força Aérea Um" apresenta
uma questão interessante -o
presidente deve salvar seu país
ou sua família?-, bom elenco,
efeitos especiais elaborados.
Mas patriotada tem limite.
(MaM)
Filme: Força Aérea Um
Produção: EUA, 1997
Direção: Wolfgang Petersen
Com: Harrison Ford, Gary Oldman,
Glenn Close, William H. Macy
Lançamento: Abril Vídeo
(0800-120199)
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