São Paulo, Terça-feira, 18 de Maio de 1999
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CYRO BAPTISTA COMENTA AS FAIXAS DE "VIRA LOUCOS"

"Dança" - "Peguei uma célula rítmica da peça do Villa-Lobos e desenvolvi duas partes. A primeira é cantada, e na segunda uso uma sonoridade de downtown music."
"Passion in the Basement" - "É uma música que fiz com o Naná num porão, onde nos encontrávamos todos os dias, para tocarmos e comermos bacalhau."
"Cantiga" - "É um xote em que pedi para o Marc Ribot fazer uma guitarra típica de alto-falante de parque de diversões."
"Ama/Teresinha de Jesus" - "É um chamamé em 6/8, que o Chango Spasiuk, da Argentina, faz muito bem, no acordeom, além de um solo incrível do Romero Lubambo."
"Complaint/Sabiá" - "Fiz um looping de todas as reclamações que tenho da minha vida, e, depois, em "Sabiá", tomei como base o Hermeto Pascoal, que usa bastante 7 contra 2."
"Choro/Trenzinho Caipira" -"Essa é a música mais gravada do Villa-Lobos, então resolvi tirar um sarro nela."
"Choro Number 8" - "Esse é um choro meio desconhecido, que tem uma parte bem cinematográfica, também pinta bastante de downtown music."
"Dança do Índio Branco" -"É um concerto para piano incrível, que também é meio desconhecido. Quando vi a partitura, pensei imediatamente numa adaptação para os tubos, que construí e toco usando sandálias "havaianas". Ela foi gravada com eles, acordeom e baixo."
"Ciranda" - "Ouvi uma gravação dessa música, sendo executada pelo Arthur Rubinstein tocando piano. Mostrei para o Romero Lubambo, e, na gravação, ele solta os cabritos junto com o Greg Cohen no baixo."
"Sapo Cururu" - "Fui à escola da minha filha, peguei um monte de crianças norte-americanas e coloquei-as para cantar. Aí, virou um pagode de Nova York bem legal."


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