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MÚSICA
Estilo se populariza no Brasil e chama bambambãs para festas em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília
Clubes abrem espaço para dançar breaks
DA REPORTAGEM LOCAL
Não deve demorar muito para
os clubes e festivais brasileiros se
renderem aos breakbeats. Essa é a
opinião de DJs como Camilo Rocha, Nepal, Periférico, Nedu Lopes e LuiJ, responsáveis por festas
de breaks em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.
Para o veterano DJ e produtor
de tecno Camilo Rocha, 36, as
pessoas ainda não apostam porque não conhecem. "O breakbeat
não é tão "hypado" como o minimal e o electro, e isso dificulta um
pouco", acredita Rocha, que há
quatro anos se cansou da cena rave e, em busca de novidades, encontrou as batidas quebradas.
"Os breakbeats abrangem influências de acid, electro, reggae,
tecno. É muito interessante por
causa dessa variedade", explica.
Desde março, Rocha organiza
uma festa mensal em São Paulo, a
Quebrada - Espatifando os
Breaks, que pretende ser um
"quem é quem" no breakbeat nacional. Pelos pick-ups dessa noite
já passaram Nepal, Fábio F., LuiJ,
Carol Campos e Jerome Hill.
Para a sétima edição, marcada
para 3 de setembro, no clube Vegas, o DJ cogita a participação do produtor
brasiliense Nego Moçambique.
O núcleo de festas Circuito também costuma fazer edições especiais de breakbeats. Em uma de
suas últimas noites dedicadas ao
ritmo, o convidado foi o DJ e produtor norte-americano Assault,
criador do estilo que ficou conhecido como ghetto-tech, que mescla electro, house, tecno e breakbeats. Assault toca na próxima
quinta (dia 25), no clube Kraft, em
Campinas, que promove uma
noite mensal de breaks.
Outro gringo que passará por
São Paulo é o DJ e produtor inglês
Martin Reeves, o Krafty Kuts,
bambambã da "nu-skool breaks".
Neste ano, ele foi eleito o melhor
DJ na quarta edição da premiação
International Breakspoll Awards
(www.breakspoll.com), a mais
importante dos breakbeats.
Kuts está no line-up da
festa Boogie Monsters,
que acontece em 5 de
novembro.
No Rio, a bandeira do
breakbeat está nas mãos
do DJ Nepal, um dos
produtores do coletivo
Apavoramento Sound
System, que migrou do
drum'n'bass para os
breaks. Atualmente residente de uma noite mensal no clube Fosfobox, em
Copacabana, Nepal costuma fazer apresentações
grooveadas, marcadas pela mistura de electrofunk,
electro, funk e funk carioca.
Em Brasília, o responsável
pelas festas de breaks é LuiJ,
que se inclui na "nu-skool
breaks", com influências de
electro e de drum'n'bass. "A
procura por DJs de breaks
está aumentando. Tenho certeza de que festivais como o
Skol Beats vão ter de incluir
uma tenda de breakbeats."
LuiJ está preparando uma
coletânea que deve ser lançada
ainda neste ano e terá faixas de
Camilo Rocha, Nepal, Nedu
Lopes, Fábio F. e MKM, entre
outros.
(AF)
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