São Paulo, quinta-feira, 18 de agosto de 2005

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MÚSICA

Estilo se populariza no Brasil e chama bambambãs para festas em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília

Clubes abrem espaço para dançar breaks

DA REPORTAGEM LOCAL

Não deve demorar muito para os clubes e festivais brasileiros se renderem aos breakbeats. Essa é a opinião de DJs como Camilo Rocha, Nepal, Periférico, Nedu Lopes e LuiJ, responsáveis por festas de breaks em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.
Para o veterano DJ e produtor de tecno Camilo Rocha, 36, as pessoas ainda não apostam porque não conhecem. "O breakbeat não é tão "hypado" como o minimal e o electro, e isso dificulta um pouco", acredita Rocha, que há quatro anos se cansou da cena rave e, em busca de novidades, encontrou as batidas quebradas. "Os breakbeats abrangem influências de acid, electro, reggae, tecno. É muito interessante por causa dessa variedade", explica.
Desde março, Rocha organiza uma festa mensal em São Paulo, a Quebrada - Espatifando os Breaks, que pretende ser um "quem é quem" no breakbeat nacional. Pelos pick-ups dessa noite já passaram Nepal, Fábio F., LuiJ, Carol Campos e Jerome Hill.
Para a sétima edição, marcada para 3 de setembro, no clube Vegas, o DJ cogita a participação do produtor brasiliense Nego Moçambique.
O núcleo de festas Circuito também costuma fazer edições especiais de breakbeats. Em uma de suas últimas noites dedicadas ao ritmo, o convidado foi o DJ e produtor norte-americano Assault, criador do estilo que ficou conhecido como ghetto-tech, que mescla electro, house, tecno e breakbeats. Assault toca na próxima quinta (dia 25), no clube Kraft, em Campinas, que promove uma noite mensal de breaks.
Outro gringo que passará por São Paulo é o DJ e produtor inglês Martin Reeves, o Krafty Kuts, bambambã da "nu-skool breaks". Neste ano, ele foi eleito o melhor DJ na quarta edição da premiação International Breakspoll Awards (www.breakspoll.com), a mais importante dos breakbeats. Kuts está no line-up da festa Boogie Monsters, que acontece em 5 de novembro.
No Rio, a bandeira do breakbeat está nas mãos do DJ Nepal, um dos produtores do coletivo Apavoramento Sound System, que migrou do drum'n'bass para os breaks. Atualmente residente de uma noite mensal no clube Fosfobox, em Copacabana, Nepal costuma fazer apresentações grooveadas, marcadas pela mistura de electrofunk, electro, funk e funk carioca. Em Brasília, o responsável pelas festas de breaks é LuiJ, que se inclui na "nu-skool breaks", com influências de electro e de drum'n'bass. "A procura por DJs de breaks está aumentando. Tenho certeza de que festivais como o Skol Beats vão ter de incluir uma tenda de breakbeats."
LuiJ está preparando uma coletânea que deve ser lançada ainda neste ano e terá faixas de Camilo Rocha, Nepal, Nedu Lopes, Fábio F. e MKM, entre outros. (AF)


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