São Paulo, quarta-feira, 18 de agosto de 2010

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CRÍTICA DRAMA

De Sica maneja sentimentos em "Ladrões de Bicicleta"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

É claro que há neorrealismo em "Ladrões de Bicicletas" (TCM, 14h, livre). Vittorio De Sica coloca um ator amador no papel principal, trata da vida dos desempregados na Roma do pós-guerra, usa paisagens naturais.
Mas é a corda do sentimento que De Sica sabe manejar melhor do que ninguém. Consta que a ideia era fazer um filme sobre a vida dos operários naquele momento (o filme é de 1948).
Suso Cecchi d'Amico teria introduzido a ideia do roubo da bicicleta.
É diferente do que, no mesmo instante, faziam diretores como Rossellini ou Visconti, um católico e outro comunista, mais frios na observação. Mas o sentimento, aqui, não é usado para barrar o conhecimento, mas para melhor encaminhar a compreensão dos fatos: isso é bem neorrealista.


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