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"Saúde é ponto básico", diz empresário
da Reportagem Local
Seja qual for o resultado de
"S.O.S. Brasil", como arte, a mensagem de Antonio Ermírio de
Moraes estará lá, como discurso.
Ou melhor, como solilóquio. A
mensagem estará distribuída pelo
drama todo, mas surgirá, mais
abertamente, da boca de Terezinha de Jesus, a protagonista da
história.
No final, já tendo sofrido tudo o
que podia nas mãos dos hospitais
públicos e privados brasileiros,
Terezinha toma a cena e desabafa
-em lugar do empresário ou, no
caso, em lugar do diretor do hospital Beficência Portuguesa por 28
anos, mais oito em outras organizações de saúde.
"Saúde para todos"
"Saúde para todo mundo, não
só para os privilegiados", disse
Antonio Ermírio, em entrevista
há três meses, no início dos ensaios.
"Esse é o ponto básico. Nós temos de tratar todo mundo com a
mesma atenção. É o que a peça fala. Que você tem de derrubar o
seu egoísmo."
O alvo maior de Terezinha, interpretada por Mayara Magri, são
os "hospitais cinco estrelas", como diz o dramaturgo. São hospitais que não aceitam os doentes
que só podem se tratar pelo SUS
(Sistema Unificado de Saúde), pelo Estado.
É uma das cenas de que o diretor Marcos Caruso gosta mais.
(NS)
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