KATIA CALSAVARA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

"O bailarino não tem idade, a não ser a dos personagens que interpreta", diz Ana Botafogo, primeira bailarina da companhia do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que apresenta hoje e amanhã, no Municipal de São Paulo, o clássico de repertório "Coppélia" ou "A Menina dos Olhos de Esmalte", do coreógrafo Arthur Saint-León (1821-1870).
Sinuosa, Ana Botafogo deixa de responder à fatídica pergunta etária dos jornalistas e prova suas razões ao viver a personagem Swanilda, que tem cerca de 16 anos. "Esse é o papel mais engraçado dentro do repertório clássico. Eu me sinto uma menina", diz.
"Coppélia" conta a história do casal de namorados Franz e Swanilda, que briga após o primeiro se interessar por uma nova moradora da aldeia. Swanilda vai à casa do velho artesão Coppélius e lá descobre que a moça misteriosa não passa de uma boneca.
As aventuras do casal fazem de "Coppélia" -dividida em três atos-, uma das histórias mais divertidas e encenadas da história do balé clássico mundial.
É a primeira vez que a companhia estréia um balé em São Paulo. Amanhã haverá sessão especial para crianças e adolescentes.