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POLÍTICA CULTURAL
Previsão de arrecadação é de R$ 10 mi anuais; intenção é fomentar teatro e cinema, que tem novo conselho
Alckmin anuncia Loteria da Cultura em SP
SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou
ontem que entrará em operação
no Estado, no próximo dia 10, a
Loteria da Cultura.
De acordo com a secretária estadual de Cultura, Cláudia Costin, a
loteria terá a modalidade raspadinha e será administrada pela Nossa Caixa, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura. A
estimativa de arrecadação anual
líquida é de R$ 10 milhões.
"Nem um centavo da Loteria da
Cultura será para o Tesouro. [O
dinheiro] Será totalmente destinado a fomentar o cinema e o teatro paulistas", disse Alckmin.
Uma regulamentação complementar à loteria definirá critérios
para distribuição dos recursos, inclusive para a divisão dos montantes entre cinema e teatro.
É certo que a seleção de projetos
beneficiados será feita por concurso. "Estabelecidos os critérios,
os vários projetos se candidatam
e, com processos democráticos de
seleção, poderão ser contemplados ou não", disse Costin.
Na área do cinema, as regras da
disputa serão formuladas pelo
Conselho Paulista de Cinema, oficializado ontem pelo governador,
que assinou os decretos de instalação do conselho e de nomeação
dos seus membros, durante café
da manhã com cineastas e produtores, no Palácio Bandeirantes.
O Conselho Paulista de Cinema
é composto por seis membros do
governo e seis representantes da
sociedade civil. Pelo governo, participam os secretários da Cultura
(Costin), da Educação (Gabriel
Chalita), da Ciência e Tecnologia
(João Carlos de Souza Meirelles),
o diretor do Museu da Imagem e
do Som (Amir Labaki) e dois técnicos da Secretaria da Cultura
(Antônio Carlos Sartini e José
Luiz Goldfarb).
Os representantes da classe cinematográfica no conselho são os
cineastas Hector Babenco, Toni
Venturi e Jefferson De, a produtora Assunção Hernandes, a professora Maria Dora Mourão e o distribuidor Adhemar Oliveira.
Alckmin disse que requisitou ao
secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes,
que as estações de trem e de metrô
de São Paulo, "nas quais transportamos 4 milhões de pessoas
por dia", passem a ter espaço para
a divulgação semanal de filmes
paulistas em cartaz. Não haverá
custo para os cineastas.
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