São Paulo, segunda-feira, 18 de setembro de 2006

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Crítica

Lester captura ritmo dos reis de Liverpool

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Dos Beatles à minissaia, os anos 60 foram da Inglaterra. Até o cinema, matéria em que o império sempre se mostrou deficiente, experimentou um momento de vivacidade, com Jack Clayton e Lindsay Anderson, entre outros.
Foram, em geral, promessas e revelaram seus limites. O mesmo não se diga de Richard Lester. O êxito de "Os Reis do Iê-Iê-Iê" (Telecine Cult, 14h20) -a que agora se acrescentou, antes do título, "The Beatles"- não dependeu exclusivamente do conjunto e de suas músicas.
Lester foi uma peça fundamental, criando um filme no ritmo das músicas, com sua leveza, agilidade e sensualidade. Sua mise-en-scène destaca-se por não se impor aos Beatles (o que seria de uma imbecilidade insuportável), mas, ao mesmo tempo, por não se limitar a servi-los bovinamente.
Enfim, "Os Reis" é um filme à altura da majestade dos Beatles, mas também da carreira subseqüente de Lester (que dirigiria, nos anos 80, dois títulos da série "Super-Homem").

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