São Paulo, sábado, 18 de setembro de 2010

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"Sempre defendi uma produção editorial voltada ao mercado"

"Há demanda reprimida para obras de divulgação", diz Bueno

DE SÃO PAULO

O jornalista Eduardo Bueno diz que sempre defendeu uma produção voltada para o mercado. Bueno, que é apresentador do History Channel, acaba de receber convite da matriz americana para desenvolver um quadro sobre o Brasil. (MFP)

Folha - Para quem você escreve?
Eduardo Bueno
- Sempre escrevi meus livros com olhos voltados para o mercado. Já havia à época [1997] uma demanda reprimida, apontada por Jorge Caldeira (com "Mauá"), Fernando Morais (com "Olga" e "Chatô") e por Ruy Castro. A diferença é que passei a tratar do período colonial.

Você é um desbravador?
Acho que sim.

Conhece o trabalho de Laurentino Gomes?
Sim. Li "1808" e acho que cumpre muito bem seu propósito. Nossas obras... uma puxa a outra.

Qual o grande personagem da história do Brasil?
Sou fascinado por dois personagens do período colonial: Américo Vespúcio e Maurício de Nassau. Mas, no conjunto da história do país, o "cara" é o Visconde de Mauá.

Como reage à crítica de que livros de divulgação banalizam a história?
Acho que esse tipo de crítica revelou mais sobre os defeitos da produção acadêmica do que sobre os defeitos dos livros de divulgação.

Nestes 13 anos desde a primeira edição de seu livro, como a internet o modificou?
Hoje eu me tornei inteiramente dependente dela. Na área de microhistória, ela se tornou um campo quase inesgotável.

E do ponto de vista da divulgação? A internet ajudou?
Ela não adianta nada! Concordo com o [cartunista] Ziraldo quando diz que a internet está repleta de imbecis.


BRASIL - UMA HISTÓRIA

AUTOR Eduardo Bueno
EDITORA Leya
QUANTO R$ 69,90 (480 págs.)
AVALIAÇÃO bom




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