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MÚSICA
Cantora paraibana lança o álbum duplo "Solar" e estréia hoje apresentação no Palace, em São Paulo
Elba faz 20 anos de carreira com CD e show
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
da Reportagem Local
A cantora paraibana Elba Ramalho, 48, colocou de tudo um
pouco em "Solar", seu novo álbum -duplo, mas comercializado pela BMG a preço "especial",
ou seja, de CD simples-, que comemora 20 anos de carreira discográfica e que ela mostra ao vivo,
de hoje a domingo, em São Paulo.
No primeiro volume há retrospectiva histórica -relê "O Meu
Amor" e "Não Sonho Mais", ambas de Chico Buarque, e "Ave de
Prata", de Zé Ramalho-, regravações de músicas de compositores como Belchior ("A Palo Seco") e Caetano Veloso ("Cajuína") e temas recentes de autores
como Alceu Valença, uma parceria entre Djavan e Dominguinhos
("Retrato da Vida").
O CD 1 é, ainda, um disco de
duetos. Várias das 14 faixas têm
convidados -são Alceu Valença,
Chico Buarque, Zé Ramalho, Lenine, Renata Arruda, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Margareth Menezes.
No segundo volume se interpõem retrospectiva (novamente)
e muito forró, em composições de
Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, João do Vale e Cecéu, entre
outros, em vários pot-pourris. Diferentemente do CD 1, de estúdio,
trata-se de um disco ao vivo.
Elba defende a condensação de
vários possíveis projetos num só:
"Alguns gostam mais de forró,
outros preferem as canções românticas. Não podia, num show
ao vivo, ter tudo isso. E não queria
colocar convidados demais. Mas
sei que é impossível agradar a todo mundo".
Afirma que o projeto não pretendia ser análogo aos de colegas
da "geração Nordeste" -Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, Fagner,
Belchior- pela mesma gravadora, embora todos se insiram no
formato de CD duplo com retrospectivas de carreira.
"A gravadora não interferiu em
nada. O projeto é todo meu. Nem
me lembrei dos projetos de Zé Ramalho e dos outros."
Defende, também, um CD ao
vivo a mais no mercado já saturado de produtos assim: "Eu nunca
havia feito um disco ao vivo. No
meu não há mentira, é como eu
sou. Minha vida é na estrada".
Completa: "Nunca me acomodei, sempre apostei em artistas
novos. Fui a primeira a cantar Lenine. Acabei me tornando uma
intérprete diferente. Não saí fazendo um trabalho em cima de
ninguém. Meu canto cresceu, estou cantando mais médios e graves, com educação e técnica".
Ela fala da seleção das faixas regravadas: "Ao longo de minha
carreira, houve canções que fizeram sucesso e algumas que se perderam. Aproveitei a coisa dos 20
anos para recuperá-las. Queria
cantar de novo "Nó Cego" (de Pedro Osmar), "Kukukaya'".
Essa última é de Cátia de França, conterrânea de Elba que se evidenciou na "geração Nordeste" e
depois se recolheu -embora tenha lançado, no ano passado, um
disco pouco difundido pelo selo
independente CPC-Umes.
Show: Solar
Artista: Elba Ramalho
Onde: Palace (av. dos Jamaris, 213, São Paulo, tel. 0/xx/11/5051-4900)
Quando: hoje, às 21h30, sexta e sábado, às 22h, e domingo, às 20h
Quanto: de R$ 25 a R$ 55
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