São Paulo, domingo, 18 de novembro de 2007 |
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Nas lojas Série Havaí 5-0 (2ª temporada) LEONARD FREEMAN Distribuidora: Paramount; Quanto: R$ 99, em média; Avaliação: bom A "tropa de elite" da polícia havaiana em caixa com 24 episódios da segunda temporada, realizados e originalmente transmitidos em 1969 e 1970. O ator Jack Lord (que se manteria no papel até o final da série, em 1980) interpreta o chefe da equipe de detetives que enfrenta apenas casos especiais, se esforçando para impedir que os criminosos arranhem a imagem paradisíaca da ilha. E haja criminosos: cada episódio sugere que os segredos sujos do Havaí rivalizam com a beleza de suas ondas, praias e mulheres. Inteiramente rodado em locações, contribuiu para que os seriados policiais atingissem um novo patamar, com sua franqueza em tratar de assuntos como sexo e cobiça, e em reconhecer a violência como um elemento da sociedade. Nesta segunda temporada, o formato já estava amadurecido. (SR) Comédia 8 Mulheres FRANÇOIS OZON Distribuidora: Versátil; Quanto: R$ 35, em média; Avaliação: bom Com a boa recepção de "Sob a Areia", François Ozon conquistou o prestígio necessário para reunir o elenco estelar de "8 Mulheres": Catherine Deneuve, Fanny Ardant, Isabelle Huppert, Danielle Darrieux, Emmanuelle Béart, Ludivine Sagnier, Virginie Ledoyen e Firmine Richard. O texto teatral de Robert Thomas serviu de pretexto para uma homenagem a George Cukor e seu clássico "As Mulheres" (1936), também com um elenco de divas. A trama é simples: em uma casa isolada, um homem aparece morto e todas as personagens têm razões para tê-lo matado. Ao mistério, Ozon acrescentou números musicais e um visual altamente estilizado. O resultado é divertido -e só. O DVD tem um bom making of de uma hora, trechos da entrevista de Catherine Deneuve no Festival de Berlim e outros bônus. (PEDRO BUTCHER) Drama Dois na Gangorra ROBERT WISE Distribuidora: ClassicLine; Quanto: R$ 35, em média; Avaliação: bom O título e a capinha do DVD não devem enganar: "Dois na Gangorra" (1962) não é uma comédia romântica. Apesar de momentos cômicos, é um filme melancólico. Trata dos encontros e desencontros entre um advogado descasado vindo do Nebraska (Robert Mitchum) e uma moça solitária e boêmia (Shirley MacLaine) do Greenwich Village. Quando um quer, o outro foge; quando um se retrai, o outro se apaixona. Vale observar o contraste entre os dois atores: enquanto Mitchum compõe o tipo angustiado e impassível, mantendo a mesma expressão durante todo o filme, MacLaine se desdobra em todas as faces da condição feminina. Wise parece querer compensar o tom teatral do drama com um certo maneirismo de câmera, mas não chega a atrapalhar. (JOSÉ GERALDO COUTO) Horror Banquete no Inferno JOHN GULAGER Distribuidora: Europa; Quanto: só para locação; Avaliação: bom Este "Banquete" integra uma nova onda de filmes de horror que voltou ao bem-sucedido receituário dos anos 80 ("Sexta-Feira 13", "Evil Dead" etc.), adicionando humor negro e edição veloz à fórmula, com bons resultados. Aqui, temos um variado grupo de personagens bizarros (entre os quais Henry Rollins, da Rollins Band, e Jason Mewes, da turma de Kevin Smith) que vai virar comida de uma família de monstros de origem desconhecida. As piadas se alternam com as cenas de horror (que abusam do explícito) e garantem a diversão dos fãs do gênero. Já tem duas seqüências a caminho. (MARCO AURÉLIO CANÔNICO) Ação Transformers MICHAEL BAY Distribuidora: Paramount; Quanto: só para locação; Avaliação: bom "Transformers" é o filme de meninos por excelência. Desde o tema (um brinquedo dos anos 80 que une carrinho e robô em um só produto) até a sua representação, o que está em jogo é uma grande brincadeira com fetiches masculinos. Na trama, há os transformers do bem e os do mal, que irão travar uma batalha na Terra. É um mundo de belos carros, onde não há mulheres -quando elas existem, são gostosas e duronas, nada chatas-, e repleto de referências nerds ao mundo pop. Dentro desse universo, é um bom filme. (BRUNO YUTAKA SAITO) Ação Apocalypto MEL GIBSON Distribuidora: Fox; Quanto: R$ 39, em média; Avaliação: péssimo Quem viu a "Paixão de Cristo" feita por Mel Gibson e se espantou com a violência obscena que se prepare: perto de "Apocalypto", aquilo era um jardim da infância. Desde a cena inicial, que parece um decalque ordinário de "Hatari!", o filme esmera-se no cultivo da abjeção: a morte cruel de um animal é só o começo das coisas. Se na "Paixão" Gibson se obstinara em atribuir aos judeus a culpa pela morte de Cristo, desta vez ele nos ensinará, usando a língua original (seu ponto de honra em matéria de "verdade") novamente, que os maias não passavam de uns bárbaros de última categoria de cuja condição só mesmo os bons cristãos espanhóis (entrevistos no final), famosos pela delicadeza, poderiam salvar. "Apocalypto" é idiota. (INÁCIO ARAUJO) Texto Anterior: Chef de luxo foi consultor do desenho Próximo Texto: Atores viram "maratonistas" dos palcos Índice |
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