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Filha autorizou publicação
especial para a Folha
Antes de ser publicado na França
dois anos atrás, pela editora Actes
Sud, poucas pessoas tiveram oportunidade de ler o texto integral que
se tornou conhecido como os diários de Nijinski.
O coreógrafo Maurice Béjart foi
um dos poucos que leu os escritos
originais, que lhe serviram de inspiração para o balé "Nijinski, Palhaço de Deus", de 1971.
Depois da morte de Romola, em
1978, os originais que ela havia
confiado a uma amiga foram vendidos à casa de leilões Sotheby's,
de Londres. Adquiridos por um
antiquário inglês, foram revendidos a um norte-americano desconhecido, que mais tarde repassou
os textos a outro colecionador
anônimo, de nacionalidade sueca.
No entanto, os direitos de publicação sempre pertenceram à família de Nijinski, representada por
suas duas filhas, Kyra e Tamara.
Foi Tamara que acabou permitindo a publicação integral dos
diários em 1995, no volume intitulado "Cadernos". Isso só foi possível graças à interferência de
Christian Dumais-Lvowski, diretor teatral canadense de origem
russa, radicado desde 74 em Paris.
Movido por um sonho antigo,
Dumais-Lvowski procurou Tamara porque queria encenar os diários de Nijinski, que ele finalmente
conseguiu levar aos palcos em
1994, no Festival de Avignon.
O sucesso dessa montagem teatral convenceu Tamara, que mora
em Phoenix, no Estado norte-americano do Arizona, a concordar
com a edição do livro.
(AFP)
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