São Paulo, segunda, 19 de janeiro de 1998.



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Allison estava no auge nos EUA

da Reportagem Local

O guitarrista Luther Allison morreu quando estava no auge. Havia voltado aos EUA em 1994, lançou três discos em quatro anos e era um dos shows mais disputados nos principais festivais do país.
Mas o sucesso em casa era novidade para Allison. Ele estava vivendo nos EUA desde 1994, após passar 15 anos na França. Morou esse tempo todo na Europa se dizendo desgostoso com o tratamento recebido em seu país.
Após estrear com o elogiado "Love me Mama", em 1969, seus três álbuns seguintes, lançados pela Motown, foram mal recebidos. Ele era o único "bluesman" do time da lendária gravadora do soul.
Apesar de, na época, o blues elétrico de Chicago ter mais de 15 anos, o estilo de Allison era considerado roqueiro demais. Chegou a ser chamado de clone de Jimi Hendrix.
Com a carreira ameaçada e tentado pelo grande interesse pelo blues que encontrou em suas turnês européias, mudou-se para Paris em 1979.
Volta
Durante esse período, Allison tornou-se uma estrela européia e um mero desconhecido em seu país. As visitas que fazia aos EUA eram mais para rever familiares que para tocar.
O caminho para a volta se abriu quando ele assinou em 1994 com a gravadora Alligator, que lançou no mercado americano "Soul Fixin' Man" ("Bad Love", na Europa).
Foi o show que trouxe ao Brasil em abril de 1995, quando participou do Nescafé & Blues e fez um dos melhores shows do festival.

O que ouvir: "Soul Fixin' Man" (94), "Blue Streak" (95) e "Reckless" (97), todos lançados pela gravadora Alligator



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