São Paulo, sexta-feira, 19 de janeiro de 2001

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UM POEMA

"Quero uma vida em forma de espinha Num prato azul Quero uma vida em forma de coisa No fundo de um troço solitário Quero uma vida em forma de areia nas mãos Em forma de pão verde ou de moringa Em forma de sapato velho Em forma de tiroliroliro De limpa-chaminés ou de lilás De terra coberta de seixos De cabeleireiro selvagem ou de edredom louco Quero uma vida em forma de você E a tenho, mas ainda não é o bastante Nunca estou contente."

BORIS VIAN
poema "Je Veux une Vie en Forme d'Arête" (Quero uma Vida em Forma de Espinha), traduzido por Ruy Proença para o livro "Boris Vian, Poemas e Canções" (editora Nankin)






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