VALMIR SANTOS
FREE-LANCE PARA A FOLHA

"Não é legal ver o encontro de dois talentos, de dois "monstrinhos" numa cena simples?", empolga-se Antunes Filho, 71.
O elogio é para Juliana Galdino e Sabrina Greve, protagonistas de um nova cena, ou movimento, do "Prêt-à-Porter 4", espetáculo que reestréia hoje no Sesc Consolação, com elenco do Centro de Pesquisa Teatral (CPT).
Faz seis meses que Galdino, 28, defende o papel principal de "Medéia", a versão do encenador para a obra de Eurípides, cuja temporada segue no Sesc Belenzinho, em São Paulo.
Greve, 23, retornou ao CPT em novembro. Afastou-se por quatro meses para atuar no longa-metragem "Uma Vida em Segredo", de Suzana Amaral, adaptação da obra homônima do escritor mineiro Autran Dourado.
O filme ainda não estreou (deve fazê-lo até maio), mas ela já conquistou o prêmio de melhor atriz do Festival de Brasília, em novembro passado.
Com argumento de Greve, que escreveu com Galdino, "For He's a Jolly Good Fellow" (Ele É um Bom Companheiro) parte da situação de duas irmãs que preparam a festa de Natal e aguardam um importante telefonema.
O CPT persevera no aprimoramento da palavra, na complexidade dos personagens, na dramaturgia mais elaborada e na atuação menos impressionista. A confluência é para o ator, que tem autonomia sobre a criação.
"For He's a Jolly Good Fellow" é precedido dos movimentos "Os Esbugalhados Olhos de Deus", com Donizeti Mazonas e Suzan Damasceno, e "Ah, Com'é Bella", com Adriana Patias e Galdino.