|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TEATRO
Reforma incluiu instalação de ar-condicionado e informatização da bilheteria
Após obra, Sérgio Cardoso é reaberto
JANAINA FIDALGO
DA REDAÇÃO
As pausas nas sinfonias executadas no teatro Sérgio Cardoso não
serão mais "sonorizadas" pelo
ruído dos ventiladores. Os aparelhos foram substituídos por um
sistema de ar-condicionado como
parte de uma obra para "colocar
em ordem" o teatro da Bela Vista.
Orçada em R$ 750 mil, a reforma inclui alterações na fachada
do teatro, manutenção dos palcos
e elevadores e a modernização das
bilheterias. No lugar dos antigos
bloquinhos de papel, os guichês
terão agora um sistema informatizado para venda de convites.
"Sempre me chocou muito ver
prédios públicos degradados,
porque o que dá prestígio, infelizmente, é inaugurar. Depois, o que
acaba acontecendo, dada a escassez de verbas e até o descaso da
população com os prédios públicos, a coisa vai se degradando",
disse à Folha a secretária de Estado da Cultura, Cláudia Costin.
Custeada pelo governo de São
Paulo, parte dos materiais usados
na reforma do teatro, como as
placas da marquise e os tapetes
dos elevadores, vieram de empresas que têm dívida com o Estado.
A transação, chamada de adjudicação, permite que o contribuinte
pague com produtos parte da dívida com o Estado.
"Não temos um dinheirão e não
é o caso de fazer uma obra gigante, mas colocar em ordem", disse.
Residência de duas das três orquestras profissionais do Estado
de São Paulo, a Banda Sinfônica e
a Jazz Sinfônica (a Osesp fica na
Sala São Paulo), o Sérgio Cardoso
poderá oferecer agora, de acordo
com a secretária, melhores condições de trabalho aos músicos.
"As duas [orquestras] começaram a tocar, inclusive com programa de assinatura, e um ventilador atrapalhando, competindo
com a música", contou Costin. "E
me lembro de uma vez que eu
cheguei ao ensaio e eles estavam
com os uniformes molhados."
Ventilação
Além do ar-condicionado nas
salas Sérgio Cardoso e Paschoal
Carlos Magno, os camarins terão
um sistema de ventilação renovado. Na fachada, a alteração consiste na troca de uma armação de
madeira da marquise por uma
mais leve de metal e das placas
azuis de nylon por uma cobertura
transparente de policarbonato.
Evitando o termo reinauguração, a secretária visitará hoje o
teatro para ver "os detalhes". "O
nosso tom não é inaugurar de novo, é justamente o contrário, é você garantir que esteja nas melhores condições para o usuário",
disse. "A idéia é fazer uma coisa
"low-profile" e de alguma maneira
dizer: "Venha que vocês vão encontrar tudo em ordem"."
Programação
A sala Paschoal Carlos Magno
será a primeira a "testar" as mudanças com a estréia, dia 21, de
"Vidamorte", dirigida por Lourival Reis. As apresentações na sala
Sérgio Cardoso, com início após o
Carnaval, serão definidas no fim
de semana. Segundo Vicente
Amato Filho, diretor da organização social que administra o teatro,
há uma negociação com o grupo
Tapa para a exibição de "A Mandrágora". E, em março, recomeçam os concertos da Banda Sinfônica e da Jazz Sinfônica.
Texto Anterior: Ancine: Lula indica dois diretores para agência Próximo Texto: Demolido, Bela Vista deu lugar a espaço atual Índice
|