São Paulo, sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

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Crítica/ "Idas e Vindas do Amor"

Diretor falha ao tentar fazer comédia à la Woody Allen

CRÍTICO DA FOLHA

Quando surgiram séries de TV como "Os Sopranos", com roteiros e personagens mais bem escritos do que a média, era comum ouvir frases do tipo: "a série é tão boa que parece filme". Com "Idas e Vindas do Amor", novo filme do veterano Garry Marshall (diretor de sucessos como "Uma Linda Mulher" e "Noiva em Fuga"), acontece o oposto: o filme é tão ruim que parece uma série de TV.
Tudo que os "sitcoms" têm de pior -personagens unidimensionais, piadas previsíveis, diálogos "espertos" -está aqui. E o resultado é de amargar.

Diálogos sem graça
"Idas e Vindas do Amor" acompanha cerca de 20 personagens em Los Angeles, no Dia dos Namorados. O elenco inclui quatro vencedores do Oscar e metade do PIB de Hollywood: Julia Roberts, Jamie Foxx, Ashton Kutcher, Shirley MacLaine, Anne Hathaway, Jessica Alba, Queen Latifah e uma penca de outros. Nunca tanta gente tão famosa falou tantos diálogos tão sem graça em tão pouco tempo.
No fundo, a culpa é de Woody Allen ("Noivo Neurótico, Noiva Nervosa"). Ele deveria ganhar uma comissão toda vez que alguém em Hollywood se mete a fazer uma "comédia romântica sofisticada". Só que Garry Marshall, como sabemos, não é Woody Allen. (ANDRÉ BARCINSKI)



IDAS E VINDAS DO AMOR

Diretor: Garry Marshall
Produção: EUA, 2010
Com: Taylor Lautner, Bradley Cooper e Ashton Kutcher
Onde: ABC Plaza Cinemark, Boavista Moviecom e circuito
Classificação: 10 anos
Avaliação: ruim




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