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A BANDA
Blur atravessou os 90 reinventando-se
LÚCIO RIBEIRO
Editor-adjunto da Ilustrada
Eis que toma forma a última peça
pop a ser pregada nesta década pela grande banda inglesa Blur.
"13", a ser lançado em março, é
um dos dois mais esperados discos
de uma banda estabelecida a sair
da Inglaterra neste 1999, ao lado do
novo Chemical Brothers.
Com "13", o Blur segue sua trajetória de reinvenção, que garantiu
ao grupo de Damon Albarn a inscrição no seleto grupo de bandas
bacanas dos anos 90.
Quando o primeiro álbum do
Blur chegou às lojas, em 91, a banda chamava para Londres a atenção de uma garotada consumidora
de pop que ou estava chacoalhando a cintura ao som lisérgico da
turma de "Madchester" (Stone Roses, Happy Mondays, Inspiral Carpets) ou balançava freneticamente
a cabeça com a barulheira vinda do
Nirvana e de seus amigos da cidade
de Seattle.
Quando a coisa toda esfriava, em
93, o Blur lançou "Modern Life Is
Rubbish". E o britpop era assim
moldado.
Atravessou o reinado do pop britânico dos meados da década como a única banda a peitar o Oasis
em vendas e em hits grudentos.
Até se cansar dos rumos do pop
inglês e pender para as experimentações, carregando no barulhento
sotaque americano, burilando o
trip hop e mergulhando ainda
mais na psicodelia dos Beatles.
Esse caldo misturado deu no álbum homônimo de 1997. Com
"Blur", o quarteto inglês fez a melhor canção de rock americano do
ano. Era "Song 2", hino em cujo
bordão gritado no refrão o título
desta página foi inspirado. A música empesteou as rádios da América, ganhou sensacional clipe de alta rotação na MTV local, virou tema de abertura das transmissões
do campeonato de hockey na TV e
ficou imortalizada na trilha do "Fifa Soccer", um dos mais bem-sucedidos jogos de computador/videogame da história.
Agora, esfregue suas mãos. No
próximo dia 15 de março, chega às
lojas um álbum dos bons, surpreendente, de um romantismo
estridente, composto por um cara
desacorçoado que diz ter perdido
sua garota para os Rolling Stones.
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