São Paulo, Sexta-feira, 19 de Fevereiro de 1999
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Sucesso brasileiro rende dólares e contatos

do enviado a Madri

O ano começou bem para a arte contemporânea brasileira no exterior. A 18ª edição da feira espanhola Arco rendeu, além de muitos comentários favoráveis, um saldo positivo para seus participantes.
O galerista Marcantonio Vilaça, da galeria Camargo Vilaça, mal continha seu entusiasmo. "Vendi mais que em todas as edições anteriores do evento. Acho que vou mudar para Madri", brincava o galerista no último dia do evento.
Apenas o Museu de Arte Contemporânea de Santiago de Compostela, na Galícia, comprou obras de três artistas: Jac Leirner, Efraim Almeida e Rosângela Rennó (o vídeo "Vulgo"). Outro sucesso foi Ernesto Neto, que vendeu três obras (uma nem sequer estava na feira). Também foram vendidas peças de Rivane Neuenschwander, Valeska Soares, Adriana Varejão e outros.
Vilaça justifica o sucesso por dois motivos. Um é a fidelidade ao evento, ao qual comparece há vários anos. O outro é a qualidade das obras expostas. "É preciso ter um estande sólido, com obras importantes, escolhidas a dedo, para chamar a atenção", disse.
Radiante também estava a dupla Luciana Brito e Fábio Cimino, da galeria Brito Cimino, que compareceu apenas com o "project room" de Rochelle Costi. As fotografias da série "Quartos" foram vendidas para vários colecionadores particulares e museus, como o Ludwig, de Viena (Áustria).
Além de vendas, os galeristas Ricardo Trevisan e Luisa Strina investiram na consumação de contatos para mostras de seus artistas no exterior.
Curioso foi passar pela galeria Christopher Grimes, de Santa Monica (Califórnia), e deparar com obras de Waltércio Caldas, Valeska Soares e Tunga. "Represento esses artistas e acredito na força da produção do país", justificou. (CF)

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