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Sucesso brasileiro rende dólares e contatos
do enviado a Madri
O ano começou bem para a arte
contemporânea brasileira no exterior. A 18ª edição da feira espanhola Arco rendeu, além de muitos comentários favoráveis, um saldo
positivo para seus participantes.
O galerista Marcantonio Vilaça,
da galeria Camargo Vilaça, mal
continha seu entusiasmo. "Vendi
mais que em todas as edições anteriores do evento. Acho que vou
mudar para Madri", brincava o galerista no último dia do evento.
Apenas o Museu de Arte Contemporânea de Santiago de Compostela, na Galícia, comprou obras
de três artistas: Jac Leirner, Efraim
Almeida e Rosângela Rennó (o vídeo "Vulgo"). Outro sucesso foi
Ernesto Neto, que vendeu três
obras (uma nem sequer estava na
feira). Também foram vendidas
peças de Rivane Neuenschwander,
Valeska Soares, Adriana Varejão e
outros.
Vilaça justifica o sucesso por dois
motivos. Um é a fidelidade ao
evento, ao qual comparece há vários anos. O outro é a qualidade
das obras expostas. "É preciso ter
um estande sólido, com obras importantes, escolhidas a dedo, para
chamar a atenção", disse.
Radiante também estava a dupla
Luciana Brito e Fábio Cimino, da
galeria Brito Cimino, que compareceu apenas com o "project
room" de Rochelle Costi. As fotografias da série "Quartos" foram
vendidas para vários colecionadores particulares e museus, como o
Ludwig, de Viena (Áustria).
Além de vendas, os galeristas Ricardo Trevisan e Luisa Strina investiram na consumação de contatos para mostras de seus artistas no
exterior.
Curioso foi passar pela galeria
Christopher Grimes, de Santa Monica (Califórnia), e deparar com
obras de Waltércio Caldas, Valeska Soares e Tunga. "Represento esses artistas e acredito na força da
produção do país", justificou.
(CF)
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