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GUGGENHEIM
Ministro diz que projeto será avaliado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Gil muda de novo e diz ser contra instalação
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro da Cultura, Gilberto
Gil, mudou de idéia novamente
sobre a construção do museu
Guggenheim no Rio.
Depois de participar de reuniões com intelectuais pró e contra o projeto, Gil disse anteontem
ser contrário à instalação do museu na cidade.
O ministro havia manifestado o
seu apoio ao projeto depois de se
encontrar com o prefeito do Rio,
Cesar Maia, principal defensor da
obra. Anteriormente, ele havia
condenado a construção do Guggenheim na cidade.
Muito caro
Gil justificou a sua decisão contrária à construção do museu
apontando o custo como motivo.
Segundo o ministro, a obra seria
"muito cara".
No ano passado, o valor da obra
era de cerca de R$ 400 milhões, de
acordo com o prefeito. O museu
informava número maior: R$ 700
milhões.
Durante a entrevista concedida
anteontem, o ministro afirmou
que o projeto do Guggenheim terá que ser avaliado pelo Iphan
(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), autarquia federal ligada ao Ministério
da Cultura.
Segundo a diretora do Iphan
Maria de Lourdes Horta, o projeto poderá ser embargado. "O
Iphan tem poder de polícia e pode
condenar o projeto, caso ele desrespeite alguma determinação federal", disse Maria.
De acordo com a diretora do
Iphan, o museu Guggenheim não
poderá comprometer o entorno
do mosteiro de São Bento, que é
tombado pelo patrimônio histórico. O museu seria instalado próximo ao mosteiro, na região portuária do Rio.
Gil disse que o ministério está
constituindo uma comissão para
reavaliar a Lei Rouanet, de incentivos fiscais à cultura.
"A idéia será descentralizar a lei,
que está beneficiando muito o eixo Rio-São Paulo", afirmou anteontem o ministro.
O projeto de construção do
Guggenheim no Rio é assinado
pelo arquiteto francês Jean Nouvel. A proposta simula a parte superior de um navio, com uma área construída de 21 mil m2 em seis pavilhões no Pier Mauá.
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